segunda-feira, 6 de maio de 2013

Liga ZonSagres 2012/2013: Beira-Mar-4 / Marítimo-2

O jogo de ontem em Aveiro punha frente a frente um Marítimo e um Beira-Mar ambos com grande necessidade de pontos. O primeiro para não deixar fugir irremediavelmente o comboio europeu e o segundo para fugir à despromoção. Outro das atracções para este jogo era o regresso a Aveiro de Artur, que é natural de Cacia.

E foi sobre este pretexto que os 3712 espectadores (o que foi considerado como um bom número, embora representasse apenas 12% da lotação total do estádio) se deslocaram ao Municipal de Aveiro para apoiarem as respectivas equipas. Numa tarde de bastante sol, a emoção não se fez esperar, pois aos 2' de jogo o resultado já estava em 1-1 (golos de Nildo e de Sami). 

O Beira-Mar apostava na recuperação rápida da bola a meio campo, partindo para rápidas investidas quase sempre pelo lado esquerdo da defesa do Marítimo (o Luís Olim ontem não esteve nada feliz neste jogo), sendo desse lado que surgiu o 2-1, pelo mesmo Nildo quando estavam decorridos 21' de jogo.

Na reacção ao golo o Marítimo tornou-se mais dominante, empatando novamente o jogo aos 37', novamente pelo Sami. A partir daí e até ao intervalo o jogo decorreu sem mais nada a registar.

No regresso do intervalo, aos 50 minutos o Márcio Rozário agarra o jogador do Beira-Mar que estava isolado já na área maritimista. Penalty! Salin ainda adivinhou o lado, mas o penalty tinha sido bem marcado pelo Balboa, fixando o 3-2.

Ao contrário do que sucedeu na primeira parte, o Marítimo nunca conseguiu ser esclarecido na procura da igualdade, com muito pouco jogo a chegar ao Suk. Nisto, aos 70' o Beira-Mar lança um contra-ataque (dúvidas no posicionamento de 2 jogadores aveirenses) e Dani Abalo fixa o resultado final.

Até ao final do jogo tempo para mais uma ocasião para cada lado, com destaque para o Rui Rego, que negou na mesma jogada o golo ao Suk e ao Héldon.


Vitória inteiramente justa, de uma equipa que precisava de pontos e mais fez para os merecer. Da parte do Marítimo não se consegue entender como é que se desperdiça esta última oportunidade para encurtar distâncias nesta luta europeia, especialmente numa jornada onde quase todos (ainda falta jogar o Estoril) os adversários directos perderam os seus jogos.

Desta forma, e de uma forma muito ingrata, a porta para a Europa ficou praticamente fechada. Para tal ser possível, e considerando que conseguimos fazer os 6 pontos necessários, é necessário que o Estoril apenas consiga somar mais 1 ponto até ao final. Quanto ao Sporting, não pode conseguir mais que 4 pontos.


Ficam as habituais fotos desta deslocação:

Antes do jogo, oportunidade para umas cervejas num bar/loja do Beira-Mar situado no centro de Aveiro

Cartaz do jogo. Num esforço para levar mais pessoas ao estádio, os bilhetes eram a 10 euros para o público em geral


Estádio Municipal de Aveiro, construído para o Euro 2004, mas que já apresenta algumas marcas de degradação


Aquecimento do Marítimo


Entrada das equipas e início do jogo



Primeira parte



Adeptos do Marítimo aquando do 1-1

Nota final para as bancadas (quase sempre) vazias que se vêm no Municipal de Aveiro, bem como em muitos outros estádios que foram construídos para o Euro 2004. 
Num país onde as pessoas só se interessam por 3 clubes, foi claramente um mau investimento gastar 665 milhões de euros em 10 estádios com capacidades para 30000 ou mais espectadores.


O facto de uma lotação de 12% da capacidade total do estádio ser considerada uma boa casa diz tudo sobre a adequabilidade destes recintos ao nosso futebol, estrangulando os clubes/câmaras municipais com os seus custos de manutenção.

Não que a culpa seja do Beira-Mar, mas até um dia onde a mentalidade dos portugueses mude e as pessoas se passem a identificar mais com os clubes da sua zona (ao invés da troika composta pelos estarolas), grande parte destes estádios e deste investimento não passarão de autênticos elefantes brancos.

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