quarta-feira, 11 de maio de 2016

Marítimo- Benfica

08/05/2016

Começamos por dizer que estamos doentes. Muito doentes.
Este blog, como sabem, relata acima de tudo o que é ser Maritimista em Portugal Continental. O que sentimos, o que fazemos, como vemos o Marítimo deste lado do mar.

Por razões óbvias, estamos sempre em minoria nos estádios de Norte a Sul do país, mas isso nunca foi impedimento para alguém que realmente vive o seu clube fazer a sua parte: Apoiar a sua equipa. Como estamos sempre em esmagadora minorai, temos oportunidade de sentir o jogo com uma perspectiva diferente: tentamos fazermo-nos ouvir em ambientes adversos, respeitamos a casa do adversário (embora muitas vezes tenhamos de lidar com o insulto, a piada fácil da banana ou do Alberto João. Picardias, que quando dentro de determinados limites, fazem parte e já aprendemos a gerir. Especialmente em minoria).

O relato de hoje não é acerca de um jogo fora, mas sim sobre o que se passou dentro da nossa própria casa. A vergonha, o nojo, a falta de respeito, veio, pasme-se dos nossos.

Acreditamos na Liberdade e que cada um tem liberdade de fazer as suas escolhas. É, de facto, um direito. Assim como é um direito apoiarmos quem quisermos. Da mesma forma, também temos o direito de concordar ou não com isso. Com os direitos, aparecem os deveres, e dessa coluna de obrigações, fazem parte o Respeito pela nossa casa, e o de não trairmos a nossa família.

No Domingo passado, jogámos fora de casa. Invasão benfiquista? Não. Vieram talvez uns 3 mil. Bom número, sem dúvida, mas por si só não explica a maioria. Pelo que observámos, cerca de 80 % do estádio era vermelho. E aqui entra a tal vergonha e nojo. A maioria veio de dentro da nossa própria casa.

Hipócritas, que piores do que prostitutas, escarraram no clube que apoiam durante o ano inteiro para bater palmas aos do outro lado do Colombo.


O nojo não é apenas pelo facto de o terem feito (lá está o tal direito à liberdade), mas sim pelo facto de não terem respeito e integridade suficientes para deixarem o seu cartão de sócio em casa e adquirirem um bilhete para irem perto dos seus.

Estes travestis de bancada aproveitaram-se do facto de serem associados do Marítimo para entrarem sem qualquer tipo de preconceito, envergando camisolas e cachecóis daquele que é afinal o seu clube, chegando mesmo a insultarem alguns dos nosso atletas!! Isto, repito, nas nossas bancadas, Do nosso lado da trincheira.


Estas mentes consideram isto normal, pois já nada contava para o Marítimo e para o Benfica podia significar o título.
Para um dos nossos verdadeiros, tudo conta para o Marítimo e para os outros, nem queremos saber.

Tal como muitos homossexuais já fizeram, assumam-se, saiam do armário. Não se enganem nem às vossas famílias. Comprem o bilhetinho e divirtam-se, mas do outro lado da bancada, porque aqui, deste lado da bancada, já não vos queremos.


Quem se aproveita do clube para benefício próprio não pode ser um dos nossos. O argumento do “eu tenho as quotas em dia, apoio quem eu quiser”, só vem corroborar a ideia de que um bom adepto vale por milhares de maus sócios. As quotas dão-nos direito a entrar no estádio para apoiar os nossos. Ponto.

Nota negativa para a Direcção do clube (que tem apoiado sempre quem está deste lado), pois desta feita atirou as claques para o cimento. Recordamos que primeiro estão os nossos, sempre. As receitas de bilheteira jamais poderão ser mais importantes do que a Alma do Marítimo, ou seja, os Verdadeiros Adeptos.


Quanto ao jogo, estivemos mal e perdemos bem.