quinta-feira, 18 de maio de 2017

Adepto do ano

A exemplo do que aconteceu o ano passado, o Marítimo colocou em votação a escolha para os melhores desta época desportiva: melhor jogador, melhor treinador, modalidade​ que mais se destacou, etc, etc. 

Neste vasto rol de escolhas, o Adepto do Ano volta a aparecer. Não sabemos o que é isto. Será que é o adepto que grita mais alto? É o que vai a mais jogos? É o que faz mais publicações nas redes sociais onde aparece a exacerbar o seu amor pelo clube? É o que faz mais quilómetros atrás da equipa? É o que mais trabalha de borla para o clube? 

Não sabemos, mas o que sabemos é o que não pode ser: Não pode ser dividido, não pode ter dois amores, não pode ser travestido de sentimentos, não pode mostrar cachecóis de outros clubes dentro da nossa própria casa. Não pode festejar a vitória de outros clubes. Não pode vestir outras camisolas. 

Já bastou a vergonha de termos um bi(clubista) a dar a cara pelo nosso clube aquando da campanha fair-play promovida pela Liga/Nos no início da época desportiva. 

Pede-se ao clube que se faça respeitar. Exigir menos de 100% é não exigir nada.

O Marítimo é, sempre foi e sempre será um clube do povo, pelo que não necessita deste tipo de distinções, habitualmente associadas a "elites".

terça-feira, 9 de maio de 2017

Liga NOS 2016/2017: Feirense- 2 / Marítimo- 1



O Marítimo visitou Santa Maria da Feira algo desfalcado no centro da defesa, posição em que teve de alterar os dois titulares, devido à lesão de Maurício e ao castigo de Raúl Silva. O adversário vinha de um moralizador empate no estádio do Dragão e o Marítimo de uma convincente vitória por três golos sem resposta, frente ao Belenenses. Já se sabia de antemão que o Rio Ave tinha ganho o seu jogo frente ao lanterna alvinegra, pelo que o jogo se afigurava decisivo às aspirações europeias do Marítimo. Além disso, uma vitória na Feira teria colocado o Sporting de Braga altamente pressionado (a apenas um ponto).

Uma das caras conhecidas presentes em Santa Maria da Feira foi o goleador Gaúcho, que se prontificou a tirar fotografias, falar com os adeptos maritimistas presentes, não se cansou de dizer que o Marítimo era o seu clube do coração e de elogiar a equipa a que pertencia na altura em que vestiu as cores verde-rubras.

Antes do jogo, alguns episódios que não deviam ter ocorrido na bonita festa que se criou entre os adeptos de Marítimo e Feirense. O autocarro do Marítimo foi recebido de forma efusiva pelos cerca de 40 adeptos que se deslocaram ao Marcolino de Castro e o autocarro do Feirense (que vinha logo atrás) foi recebido com fair play, com palmas. A atitude de alguns elementos da PSP é que não foi tão bonita, tendo começado a abordar os adeptos que se deslocaram a Santa Maria da Feira de forma totalmente descabida, ao gritar com os apoiantes verde-rubros. À entrada para o estádio foi introduzido mais um elemento à festa, já que vários adeptos do Marítimo foram "convidados" a soprar o balão.

O jogo começou com domínio territorial e de bola por parte do Marítimo, mas sem colocar em perigo as redes de Peçanha (guarda-redes que passou pelo Marítimo entre 2009 e 2012). O primeiro golo do Feirense surgiu num lance polémico, tendo ficado a dúvida se a bola tinha efectivamente ultrapassado a linha lateral (algo que parece acontecer). Karamanos não se importou com isso e introduziu a bola na baliza de Charles com um toque de classe. 

O Marítimo reagiu e esteve próximo de empatar numa bola à trave da baliza de Peçanha. O golo do empate chegaria logo depois, através de um auto-golo de Flávio, na sequência de um livre lateral. Tudo parecia encaminhado para a reviravolta, no entanto Erdem Sen cometeu grande penalidade num lance algo infantil, pois o atacante estava a sair da grande área, pelo que não se justificava fazer falta. Charles ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu travar o penalty marcado por Tiago Silva.

Antes do intervalo, o Feirense passou a jogar com 10 jogadores, devido a acumulação de cartões amarelos, numa entrada de carrinho sobre Edgar Costa, muito próxima da área do Feirense. Tudo parecia encaminhado para levarmos pelo menos um ponto na bagagem...

O Marítimo passou a segunda parte a tentar chegar pelo menos à igualdade, porém não teve o discernimento necessário para chegar ao golo e acabou por deixar a totalidade dos pontos em Santa Maria da Feira.

Após o jogo, os adeptos verde-rubros estiveram à conversa com vários jogadores e com o Mister Daniel Ramos. Porém, mal o nosso treinador virou as costas, um elemento da PSP começou a gritar para que os adeptos saíssem daquela zona, quando também estavam elementos do Feirense e ainda alguns jogadores na mesma zona. Atitudes evitáveis, pois não se justifica este tipo de abordagem, na medida em que os adeptos estavam apenas a abordar de forma amigável elementos do clube, a tirar fotos, a conversar e a dar ânimo para o que resta de campeonato.

O que fica para memória é que o Marítimo teve um grande apoio em Santa Maria da Feira e que, infelizmente, não conseguiu trazer os três pontos que tanto ambicionava. No entanto continuamos na luta e a depender apenas de nós para chegar ao lugar europeu. Faça chuva ou faça sol, estaremos onde for preciso para apoiar este enorme clube.



Imagens da deslocação: