quinta-feira, 4 de junho de 2015

Final da Taça da Liga 2014/2015: Marítimo- 1 / Benfica- 2

O dia 29 de Maio de 2015 fica marcado para sempre na história do Marítimo como um dia histórico, por se ter tratado do dia da presença na 3ª final de uma competição oficial (4ª se contarmos com a final do Campeonato de Portugal 1925/1926) e a estreia em finais da Taça da Liga. O palco - Estádio Cidade de Coimbra - conhecido por alguns de nós, tanto de edições anteriores do campeonato, como do desta época, trazia algumas memórias, pois o Marítimo costuma ser feliz em Coimbra. O jogo não se afigurava nada fácil. O adversário, recém-sagrado bicampeão nacional, a jogar praticamente na máxima força (apenas com a ausência de Salvio) e fortemente acompanhado por uma legião de adeptos, não necessitava de grandes apresentações. Mas os adeptos verde-rubros deram uma verdadeira lição a essa legião de adeptos, demonstrando de facto que nem sempre quantidade é qualidade. 

Algo longe dos 3500 adeptos anunciados pelo presidente Carlos Pereira, os Maritimistas presentes pareceram mais que todos os adeptos benfiquistas presentes, tal o sentimento verde-rubro e o querer demonstrados em trazer a taça para a Madeira. A festa começou junto à Praça da República, onde se foram aglomerando os adeptos Maritimistas, com alguns a passarem pela Casa da Madeira em Coimbra. Por volta das 17:30 começou um cortejo verde-rubro, em direcção ao estádio, com destaque para as gentes de Coimbra, sempre com palavras de simpatia e incentivo aos adeptos verde-rubros. O ponto alto deste cortejo foi o cruzamento do mesmo com o autocarro, para delírio de todos os adeptos verde-rubros presentes e que terá sido um incentivo-extra aos atletas do Maior das Ilhas.

A primeira parte foi extremamente equilibrada, com o Marítimo a conseguir travar as jogadas de ataque do Benfica longe do perigo. A primeira ocasião de perigo até pertenceu ao Marítimo, com Xavier, num bom lance individual, a rematar para a defesa de Júlio César, tendo o árbitro auxiliar (bem posicionado) entendido que deveria dar lugar a pontapé de baliza. Aos 32 minutos, Carlos Xistra amarelou Briguel e Raúl Silva e aos 35 minutos Moussa Marega por protestos. Mais uma vez, o árbitro auxiliar que acompanhou o ataque do Marítimo na primeira parte e outra vez bem posicionado, não conseguiu ver que a bola não saiu do terreno de jogo. Bola para o Benfica, livre a meio do meio campo, marcado por Pizzi, assistência de Jardel e golo de Jonas. 1-0 para os comandados de Jorge Jesus, quando faltavam poucos minutos para o intervalo. Não acusou o toque a equipa do Maior das Ilhas nem os seus adeptos, que continuaram a apoiar a equipa incessantemente. Já no final da primeira parte, por muito pouco o Marítimo não igualou, num cruzamento de Xavier para Marega.

Ao intervalo reinava um sentimento de confiança na reviravolta na bancada Maritimista. Este sentimento sofreu um certo revés quando Raúl Silva, numa acção imprudente para um defesa com cartão amarelo, decidiu travar Jonas e viu o segundo cartão amarelo. Tecnicamente, muito bem o árbitro, mas resta saber se teria tido a mesma convicção caso tivesse de expulsar um jogador encarnado aos 47 minutos de jogo... Mas esta equipa do Marítimo não se deixa derrubar por pouco e continuou a lutar contra tudo e contra todos, bem apoiada pelos adeptos verde-rubros que se deslocaram a Coimbra. Aos 56 minutos, recuperação de Rúben Ferreira, bom lance no meio campo verde-rubro e soberbo passe de Fransérgio a desmarcar João Diogo para um excelente golo da igualdade. Explosão de alegria na bancada Maritimista, com toda a gente abraçada, em cima do muro e em delírio. Voltou-se a acreditar que, mesmo com 10 jogadores, seria possível levar a taça para o nosso museu. Após este golo, o Benfica tremeu e o Marítimo até poderia ter passado para a frente do marcador, num bom remate de meia distância de Rúben Ferreira, que passou ao lado.

Até ao final do jogo, o Benfica tomou as rédeas do jogo, como seria de esperar, por estar a jogar contra 10 jogadores e criou várias situações de perigo. Aos 80 minutos, num lance de insistência na área verde-rubra, Jonas domina a bola, a defensiva Maritimista não conseguiu cortar e, com alguma sorte à mistura, a bola sobrou para Ola John, que fuzilou a baliza à guarda de Salin. Balde de água fria na bancada Maritimista, pois já se sonhava na possibilidade de chegar às grandes penalidades e assim discutir o troféu.

Apesar da derrota, o sentimento na bancada era de orgulho, tanto pela prestação da equipa dentro das quatro linhas, como pelo apoio dado à mesma, que materializou aquilo que de melhor tem o espírito da família verde-rubra. Vendemos cara esta derrota e demonstrámos que poderíamos perfeitamente ter levado este troféu para a Madeira, porque quisemos mais que eles e porque sendo o Marítimo as nossas conquistas nunca foram fáceis, pelo que sabem sempre tão bem.

Com esta final, terminou a época desportiva, que ficou marcada pelo 9º lugar no campeonato e uma luta pela Liga Europa até à penúltima jornada. Que a próxima época seja marcada pelo final das obras no nosso Caldeirão e que nos apuremos novamente para a Europa do futebol. Cá pelo rectângulo, tentaremos continuar a acompanhar ao máximo o Maior das Ilhas nos seus jogos fora de portas!



Imagens do dia:

Concentração na Praça da República


Concentração na Praça da República

Concentração na Praça da República

Concentração na Praça da República

Concentração na Praça da República

Cortejo rumo ao estádio

Cortejo rumo ao estádio
Cortejo rumo ao estádio

Cortejo rumo ao estádio

Cortejo rumo ao estádio
Autocarro verde-rubro cruza-se com cortejo
Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Eternamente os Maiores

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio