quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Liga NOS 2017/2018: Vitória SC- 2 / Marítimo- 1



O Marítimo deslocou-se à cidade de Guimarães para defrontar o Vitória SC, na sequência de quatro vitórias consecutivas e de um arranque de campeonato sensacional, com cinco vitórias em seis jogos. Esta deslocação não se afigurava nada fácil, já que a equipa da casa estava necessitada de pontos, dado ter iniciado o jogo com 7 pontos em 6 jogos, longe da prestação da época transata.

O jogo iniciou-se praticamente com o golo do Vitória, logo aos 5 minutos de jogo, com o ex-maritimista Heldon a cruzar da direita para o cabeceamento de Raphinha, ao segundo poste, sem dar grandes hipóteses de defesa a Charles. Mau começo para uma equipa do Marítimo que se sente bem a controlar o jogo do ponto de vista defensivo e a explorar o contra-ataque.

A resposta do Marítimo não se fez esperar e, aos 15 minutos, Ricardo Valente fez o Vitória provar do seu próprio veneno, ao cruzar da esquerda para o cabeceamento vitorioso do capitão Edgar Costa, também ao segundo poste. Explosão de alegria para os 10 adeptos que tiveram a honra de acompanhar o Maior das Ilhas nesta deslocação ao Minho. Até ao intervalo, o Vitória criou os lances mais perigosos, mas Charles opôs-se com defesas de grande nível, nomeadamente uma bola que ressaltou em Bebeto e quase traiu o jovem guardião brasileiro.

A segunda parte iniciou-se com o Marítimo a ceder a iniciativa de jogo ao Vitória, para tentar chegar à vantagem com o cinismo que é caraterístico da equipa. Porém Fábio Veríssimo decidiu assumir as rédeas do jogo e expulsar um jogador de cada equipa, por uma discussão entre os dois, aos 64 minutos. Se não é caso único, deve andar bem lá perto… Contrariedade não só para este jogo, em que perdemos o patrão da defesa, como para os próximos dois jogos, contra o... Benfica e o Vitória Futebol Clube. Coincidências do futebol português. Daniel Ramos teve de abdicar de Gamboa, para voltar a jogar com 2 centrais, através da entrada de Diney.

O golo da vitória surgiu aos 75 minutos, numa traição de Heldon ao seu antigo clube, desviando de cabeça, ao segundo poste, na sequência de um pontapé de canto. Já em tempo de desconto, Éber Bessa ganha um livre à entrada da área e apodera-se imediatamente da bola para tentar a sua sorte. Infelizmente a bola foi ao poste direito da baliza de Douglas, esfumando-se assim a hipótese de pontuar no difícil estádio D. Afonso Henriques.

Domingo há jogo para ganhar no nosso Caldeirão, apesar da suspensão de Zainadine (2 jogos) conseguir ser tão ou mais ridícula que a expulsão em si, dado que Jubal foi suspenso por apenas um jogo.

Os assobios ao apoio prestado à equipa são a garantia que o apoio foi audível, ainda que apenas em certos momentos. No final do jogo toda a equipa agradeceu e reconheceu o apoio dispensado à equipa, como já começa a ser um excelente hábito, sobretudo desde a entrada de Daniel Ramos.

Num estádio D. Afonso Henriques com excelente ambiente, as equipas alinharam da seguinte forma:
Vitória SC: Douglas; João Aurélio, Jubal, Pedrão, Konan; Celis, Wakaso, Hurtado (Helder); Heldon (Marcos Valente), Estupinan e Raphinha.
Treinador: Pedro Martins.

Marítimo: Charles; Bebeto, Zainadine, Pablo, China; Fábio Pacheco, Gamboa (Diney), Jean Cléber; Edgar Costa (Éber Bessa), Rodrigo Pinho (Everton) e Ricardo Valente.
Treinador: Daniel Ramos.



Vídeo do livre de Éber Bessa:


 Imagens do jogo:















quinta-feira, 27 de julho de 2017

Liga NOS 2016/2017: Paços de Ferreira - 0 / Marítimo - 0

20/05/2017 – Mais uma data para a História
Texto atrasado. Muito atrasado. Demasiado atrasado… Emoção da altura, cansaço, trabalho, depois férias, o texto que não estava a correr bem… Enfim, desculpas não faltam, mas a verdade é que amanhã temos Europa e ainda não temos texto no nosso apuramento...Até agora!
Depois de ter visto o encontro contra o Rio Ave, onde era expectável outro resultado, passei a semana toda a pensar neste jogo. Tinha na retina a enorme defesa do Charles que nos permitiu continuar a sonhar. Se podíamos ter garantido a qualificação, a verdade é que poderíamos ter complicado e muito as contas para a última jornada.
“Pára de pensar nisso, rapaz, energias negativas não, obrigado. Já estiveste na épica qualificação em Guimarães, agora não será mais difícil. “ Isto é apenas um exemplo de um dos meus diálogos comigo mesmo.
A meio da semana, enorme contrariedade: o jogo será disputado no Sábado. Pode parecer irrelevante, mas o futebol moderno esquece-se sempre dos mesmos, dos adeptos. Considerando que muitas pessoas trabalham ao Sábado e havia bênção das fitas de algumas faculdade, os 3 carros que iam sair de Lisboa passaram a ser só 1.
Contratempos e vicissitudes à parte, lá nos pusemos a caminho no Sábado de manhã e sem contratempos chegámos a Paços de Ferreira por volta da hora do almoço. Encontrámos logo um grupo de caras conhecidas de alguns maritimistas e fizemos o repasto num bar em frente ao complexo do Paços. Optámos pelo prato tradicional do futebol: Bifanas e muita cerveja (não necessariamente por esta ordem).
A entrada no estádio foi calma, com destaque para a simpatia dos sócios do Paços de Ferreira. Sendo o último jogo, eles tinham direito a 2 ou 3 bilhetes para oferecer. E muitos deles abordaram-nos nesse sentido: “Querem bilhetes? Nós damos!”. Ficou registado o gesto, o qual agradecemos.
Chegados ao estádio (cuja renovação está em fase final – e que belo trabalho fizeram – estádio confortável, abrigado e próximo do relvado), ficámos com a percepção de que éramos uns 50 maritimistas. Os Fanatics e os Templários marcaram presença, registando-se a ausência do Esquadrão.
Vou abster-me de fazer grandes comentários ao jogo, pois o nervosismo era tanto que confesso não ter memorizado grande coisa, mas garanto que ia tendo um AVC nos lances da primeira parte, em que o Charles acabou por ser o nosso abono de família. Segunda parte de muitos, muitos nervos, bola no nosso poste, penalti a nosso favor por marcar… tudo a acontecer e o receio de ver a Europa desaparecer começou a instalar-se. No entanto, a verdade é que mesmo não estando a ser um jogo bem conseguido e mesmo com as oportunidades do Paços, a verdade é que sentia-se que ninguém estava ali com vontade de entregar o ouro ao bandido. Todos se entregaram, todos lutaram, todos deram o máximo.
Nós, na bancada, já não conseguíamos berrar mais para dentro de campo. “Está na hora!”, “Já chega!”, entre outros recados para o árbitro… até que… três apitos e acabou. Finito. Conseguimos!!!! Os jogadores vieram logo ter connosco saborear aquele momento, a bandeira da Madeira saltou para dentro de campo e foi orgulhosamente exibida pelos nossos.
Estar afastado da nossa ilha por vezes dói (e por vezes dói muito). São momentos como estes, em que estamos longe e em minoria, mas que perante a adversidade, mostramos que somos melhores e saímos vencedores que nos moldam, que fazem sermos que somos. Ter estado em Guimarães e agora em Paços de Ferreira é motivo de orgulho. Conquistar um apuramento para a Europa longe de casa e na última jornada não é para todos.
Amanhã, afastados da ilha, vamos assistir pela televisão ao nosso Marítimo. Desta vez, estaremos em minoria na Bulgária. Tenho a certeza que vamos mostrar mais uma vez de que massa somos feitos! Está escrito!
Convívio antes do jogo

Convívio antes do jogo




Bancadas bem compostas neste ultimo jogo do campeonato
Adeptos maritimistas em bom número, a ajudarem a equipa na sua 9ªqualificação europeia 


Rumo à Europa
Jogadores a celebrarem com os adeptos mais uma qualificação europeia
...e foto com o grande obreiro desta qualificação; Mister Daniel Ramos! Para a posterioridade!

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Adepto do ano

A exemplo do que aconteceu o ano passado, o Marítimo colocou em votação a escolha para os melhores desta época desportiva: melhor jogador, melhor treinador, modalidade​ que mais se destacou, etc, etc. 

Neste vasto rol de escolhas, o Adepto do Ano volta a aparecer. Não sabemos o que é isto. Será que é o adepto que grita mais alto? É o que vai a mais jogos? É o que faz mais publicações nas redes sociais onde aparece a exacerbar o seu amor pelo clube? É o que faz mais quilómetros atrás da equipa? É o que mais trabalha de borla para o clube? 

Não sabemos, mas o que sabemos é o que não pode ser: Não pode ser dividido, não pode ter dois amores, não pode ser travestido de sentimentos, não pode mostrar cachecóis de outros clubes dentro da nossa própria casa. Não pode festejar a vitória de outros clubes. Não pode vestir outras camisolas. 

Já bastou a vergonha de termos um bi(clubista) a dar a cara pelo nosso clube aquando da campanha fair-play promovida pela Liga/Nos no início da época desportiva. 

Pede-se ao clube que se faça respeitar. Exigir menos de 100% é não exigir nada.

O Marítimo é, sempre foi e sempre será um clube do povo, pelo que não necessita deste tipo de distinções, habitualmente associadas a "elites".

terça-feira, 9 de maio de 2017

Liga NOS 2016/2017: Feirense- 2 / Marítimo- 1



O Marítimo visitou Santa Maria da Feira algo desfalcado no centro da defesa, posição em que teve de alterar os dois titulares, devido à lesão de Maurício e ao castigo de Raúl Silva. O adversário vinha de um moralizador empate no estádio do Dragão e o Marítimo de uma convincente vitória por três golos sem resposta, frente ao Belenenses. Já se sabia de antemão que o Rio Ave tinha ganho o seu jogo frente ao lanterna alvinegra, pelo que o jogo se afigurava decisivo às aspirações europeias do Marítimo. Além disso, uma vitória na Feira teria colocado o Sporting de Braga altamente pressionado (a apenas um ponto).

Uma das caras conhecidas presentes em Santa Maria da Feira foi o goleador Gaúcho, que se prontificou a tirar fotografias, falar com os adeptos maritimistas presentes, não se cansou de dizer que o Marítimo era o seu clube do coração e de elogiar a equipa a que pertencia na altura em que vestiu as cores verde-rubras.

Antes do jogo, alguns episódios que não deviam ter ocorrido na bonita festa que se criou entre os adeptos de Marítimo e Feirense. O autocarro do Marítimo foi recebido de forma efusiva pelos cerca de 40 adeptos que se deslocaram ao Marcolino de Castro e o autocarro do Feirense (que vinha logo atrás) foi recebido com fair play, com palmas. A atitude de alguns elementos da PSP é que não foi tão bonita, tendo começado a abordar os adeptos que se deslocaram a Santa Maria da Feira de forma totalmente descabida, ao gritar com os apoiantes verde-rubros. À entrada para o estádio foi introduzido mais um elemento à festa, já que vários adeptos do Marítimo foram "convidados" a soprar o balão.

O jogo começou com domínio territorial e de bola por parte do Marítimo, mas sem colocar em perigo as redes de Peçanha (guarda-redes que passou pelo Marítimo entre 2009 e 2012). O primeiro golo do Feirense surgiu num lance polémico, tendo ficado a dúvida se a bola tinha efectivamente ultrapassado a linha lateral (algo que parece acontecer). Karamanos não se importou com isso e introduziu a bola na baliza de Charles com um toque de classe. 

O Marítimo reagiu e esteve próximo de empatar numa bola à trave da baliza de Peçanha. O golo do empate chegaria logo depois, através de um auto-golo de Flávio, na sequência de um livre lateral. Tudo parecia encaminhado para a reviravolta, no entanto Erdem Sen cometeu grande penalidade num lance algo infantil, pois o atacante estava a sair da grande área, pelo que não se justificava fazer falta. Charles ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu travar o penalty marcado por Tiago Silva.

Antes do intervalo, o Feirense passou a jogar com 10 jogadores, devido a acumulação de cartões amarelos, numa entrada de carrinho sobre Edgar Costa, muito próxima da área do Feirense. Tudo parecia encaminhado para levarmos pelo menos um ponto na bagagem...

O Marítimo passou a segunda parte a tentar chegar pelo menos à igualdade, porém não teve o discernimento necessário para chegar ao golo e acabou por deixar a totalidade dos pontos em Santa Maria da Feira.

Após o jogo, os adeptos verde-rubros estiveram à conversa com vários jogadores e com o Mister Daniel Ramos. Porém, mal o nosso treinador virou as costas, um elemento da PSP começou a gritar para que os adeptos saíssem daquela zona, quando também estavam elementos do Feirense e ainda alguns jogadores na mesma zona. Atitudes evitáveis, pois não se justifica este tipo de abordagem, na medida em que os adeptos estavam apenas a abordar de forma amigável elementos do clube, a tirar fotos, a conversar e a dar ânimo para o que resta de campeonato.

O que fica para memória é que o Marítimo teve um grande apoio em Santa Maria da Feira e que, infelizmente, não conseguiu trazer os três pontos que tanto ambicionava. No entanto continuamos na luta e a depender apenas de nós para chegar ao lugar europeu. Faça chuva ou faça sol, estaremos onde for preciso para apoiar este enorme clube.



Imagens da deslocação: