segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Equipa mais indisciplinada da Europa???



O Marítimo tem assumido nesta época 2015/2016 o rótulo de equipa mais indisciplinada da Liga Portuguesa. Mas será que os jogos do Marítimo são autênticas batalhas campais, em que quem nos defronta sai, no mínimo, gravemente ferido?? Não nos parece que assim seja, mas vamos a factos.

O 1º facto é que o Marítimo já viu, até ao momento, 82 cartões amarelos, 10 vermelhos por acumulação de amarelos e 7 vermelhos directos, num total de 17 cartões vermelhos. Sim, 17 cartões vermelhos, em 23 jogos! Basta ver algum dos nossos jogos pela televisão para perceber que até os comentadores já sabem que pode haver “batalha campal” nos nossos jogos, rotulando imediatamente a equipa no início dos mesmos. Em termos de cartões vermelhos, a 2ª equipa mais admoestada é o Vitória de Setúbal, com um total de 8 cartões vermelhos, seguido do Vitória de Guimarães e do Sporting de Braga, com 5 vermelhos, entre duplos amarelos e vermelhos directos.

O 2º facto é que a equipa que vem em segundo lugar no ranking de mais cartões (amarelos e vermelhos) é o Arouca, com o mesmo número de cartões amarelos, 82, e 4 vermelhos por acumulação de amarelos e 1 vermelho directo (total de 5 vermelhos) e o terceiro lugar é ocupado pelo Paços de Ferreira, com 78 cartões amarelos, 1 vermelho por duplo amarelo e 2 vermelhos directos (total de 3 vermelhos).

Analisando os vermelhos já mostrados à equipa verde-rubra, percebe-se que muitos deles resultaram de excesso de zelo, de alguns penaltis inexistentes (os dois da tripla penalização) e 2 deles por duplo amarelo no espaço de um minuto. Será que algum árbitro teria coragem de expulsar desta forma um jogador das 3 equipas ditas “grandes” desta forma? Será que teria coragem de expulsar um jogador que ia ser substituído? Assim de cabeça, só vem à memória a expulsão de Rui Costa, na Alemanha, num jogo pela Selecção Nacional, que muita tinta fez correr na imprensa desportiva portuguesa (https://www.youtube.com/watch?v=RUrL9K9sBvE). Os vermelhos vistos até ao momento:
3ª Jornada (Belenenses-Marítimo): Tiago Rodrigues aos 94, por acumulação, numa falta junto à área do Belenenses. Algum excesso de zelo…
5ª Jornada (Braga-Marítimo): João Diogo, aos 66 minutos (vermelho directo), por cometer penalty e Raúl Silva aos 68 min viu segundo amarelo por alegadamente dominar a bola com o braço, tendo a mesma tocado claramente na barriga.
6ª Jornada (Marítimo-Tondela): Diallo, aos 55 min, o primeiro, e 56 min, o segundo. Primeira expulsão da época por duplo amarelo no espaço de 1 minuto.
7ª Jornada (Académica-Marítimo): Dirceu comete duas faltas no jogo, aos 12 e aos 19 min e é expulso. Amarelo fácil para as nossas cores.
8ª Jornada (Marítimo-Paços de Ferreira): Tiago Rodrigues expulso com vermelho directo aos 93 min, por cometer penalty, quando o jogador do Paços de Ferreira se colocava em excelente posição para marcar.
9ª Jornada (Boavista-Marítimo): Edgar Costa aos 72 min e aos 84 min, no momento da sua substituição. Uma raridade…
11ª Jornada (Nacional-Marítimo): Raúl Silva expulso aos 46 min por duplo amarelo (primeiro amarelo aos 30 min) e Edgar Costa, aos 89 min, por entrada dura.
13ª Jornada (Vitória de Guimarães-Marítimo): Salin expulso por penalty inexistente. Primeira tripla penalização da época ao Marítimo.
15ª Jornada (Marítimo-Estoril): Rúben expulso aos 93 min por falta a meio campo, no final da partida. Algum excesso de zelo do árbitro da partida.
18ª Jornada (Marítimo-União): Raúl Silva expulso por duplo amarelo (17 min e 24 min), Dirceu expulso aos 93 min por entrada de pé em riste e Rúben expulso aos 93 min por palavras, com vermelho directo.
22ª Jornada (Marítimo-Braga): Maurício expulso por um corte limpo, aos 15 minutos. Segunda tripla penalização da época e jogo decidido a favor da equipa do Minho, muito cedo na partida.
23ª Jornada (Tondela-Marítimo): Edgar Costa vê cartão amarelo aos 59 minutos, alegadamente por palavras e o segundo um minuto depois, aos 60 min, por uma falta banal. Critério mais que rigoroso do árbitro. As imagens valem mais do que mil palavras (http://www.vsports.pt/vod/29540/m/191731/vsports/f9eaa37ebcb12d24528b1b41de86dd31).  

"O Marítimo foi altamente prejudicado por esta equipa de arbitragem", segundo a Antena 1, acerca do jogo contra o Tondela. Parece que não foi a primeira vez que tal aconteceu esta época. Como disse o Salin no final da partida com o Braga, da Jornada 22, os jogadores do Marítimo não entram em campo para jogar à bola com os amigos. Os jogadores têm objectivos e lutam pelos mesmos. Há quem se queixe todos os dias com muito menos razão, tendo a Comunicação Social do seu lado, a dar tempo de antena, quando acontecem aberrações como estas, no mesmo campeonato. Ainda bem que toda a gente acha normal ver tanto cartão e que ninguém ache, no mínimo, muito estranho.

É certo que alguns dos cartões vermelhos foram bem mostrados e também é certo que os jogadores do Marítimo têm de ter mais cabeça fria, quando abordam os árbitros. Mas os árbitros também têm de entender que os jogadores são seres humanos e sentem quando estão a ser claramente prejudicados e de forma sistemática. Não foi um, nem foram dois jogos. São demasiados jogos a ser penalizados. Esta equipa só tem 25 pontos em 23 jornadas porque teve de lutar sempre nos limites, como ficou bem demonstrado nas duas últimas jornadas.

Fazendo uma comparação com as principais ligas europeias (Premier League Inglesa, Liga Espanhola, Série A, Bundesliga e Liga Francesa), chegamos à conclusão que nenhuma equipa vê tantos cartões na Europa, como a equipa do Marítimo.
Na Liga Inglesa, a equipa com mais cartões (amarelos e vermelhos) é o Aston Villa, com 51 cartões amarelos e 1 vermelho directo e a equipa com mais vermelhos é o West Ham com 4 cartolinas vermelhas, nas 26 jornadas já disputadas.

Na Liga Espanhola, o Rayo Vallecano viu até ao momento 76 cartões amarelos, 4 vermelhos por acumulação e 3 vermelhos directos (total de 7 vermelhos). A equipa mais admoestada com cartões é o Levante, com 89 cartões amarelos, 2 vermelhos por acumulação de amarelos e 2 vermelhos directos (total de 4 vermelhos), em 25 jornadas.

Na Série A Italiana, a Atalanta é a equipa com mais cartões amarelos, 80, 8 duplos amarelos e 4 vermelhos directos (total de 12 vermelhos), em 26 jornadas.

Na Bundesliga, a equipa com mais cartões é o Eintracht Frankfurt, com 63 cartões amarelos e 3 vermelhos por acumulação de amarelos. A equipa com mais mais vermelhos é o Estugarda, com 4 vermelhos por acumulação e 1 directo (total de 5 vermelhos), em 22 jornadas.

Na Liga Francesa, a equipa com mais cartões é o Ajaccio, com 72 cartões amarelos, 3 vermelhos por acumulação e 2 vermelhos directos (total de 5 cartolinas vermelhas). A equipa com mais vermelhos é o Toulouse, com 10 expulsões, 6 por acumulação de amarelos e 4 por vermelho directo (total de 10 cartões vermelhos).

* Estatísticas retiradas do site zerozero.pt e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (ligaportugal.pt) 

A equipa que mais se aproxima da média do Marítimo é a Atalanta, com 12 vermelhos, em 26 jornadas. Ainda assim, muito longe da autêntica “batalha campal” que acontece sempre que o Marítimo entra em campo. Chegou o momento de dizer basta a este tipo de arbitragens e ao respectivo excesso de zelo, e nada melhor que uma grande resposta de quem nunca abandonou a equipa esta época, o 12º jogador. O Marítimo precisa, mais do que nunca, do apoio de todos contra a Académica. Só assim conseguiremos terminar este campeonato de forma tranquila. Está a ser criada uma iniciativa no sentido de levar cartolinas vermelhas para o jogo frente à Académica, no sentido de lutar contra as arbitragens que nos têm assolado constantemente esta época.

Liga NOS 2015/2016: CD Tondela- 3 / Marítimo- 4

Jogo em Tondela entre duas equipas com estados de espírito diferentes. Tondela estreante nas andanças de primeira liga como lanterna vermelha e o Marítimo a tentar fugir à luta dos aflitos e a lugares que não condizem de todo com o seu estatuto. 

Cientes de que são estes jogos que fazem os campeonatos, eis que novamente tivemos a mobilização de cerca de uma dezena de adeptos verde-rubros que, metendo-se a caminho a horas impróprias no que a um fim-de-semana de descanso diz respeito, se fizeram a caminho do centro do país para mais uma batalha contra 14 (mas já lá vamos). 

Viagem tranquila até Tondela (nos presentes a dúvida se seria Tondela ou Arouca a localização mais 
inóspita do nosso campeonato) e à chegada tempo para uma volta para ficar a conhecer a pequena localidade, almoço e convívio entre velhos e novos conhecidos verde-rubros. 

Iniciado o jogo num estádio com as obras de beneficiação ainda inacabadas, mas bem dimensionado para as necessidades de um pequeno clube, a equipa de Nelo Vingada (que neste jogo fez regressar Dirceu para o lugar do castigado Maurício) cedo se pôs a ganhar por intermédio de Edgar Costa quando estavam passados 3 minutos de jogo. 

Sem estar a realizar uma exibição deslumbrante, o Marítimo conseguia controlar o jogo e foi assim com alguma naturalidade que Dyego Sousa fez o segundo, após aproveitar uma certa passividade do central da equipa da casa. Segundo para o Marítimo e segundo golo devidamente festejado com a dúzia de adeptos verde-rubros presentes. 

Antes do intervalo o Tondela reduz por intermédio de Nathan Júnior, que numa boa movimentação por entre os defesas verde-rubros relançou a discussão pelo resultado final. 

Tendo a equipa da casa melhorado na segunda parte, e embora as oportunidades estivessem repartidas pelos dois lados, a terceira equipa decide dar o seu contributo para o relançamento da partida. Em 2 minutos, Edgar Costa é expulso por acumulação de amarelos; o primeiro por protestos e o segundo numa falta banal a meio campo. 

Uma expulsão claramente exagerada em mais um episódio a juntar aos muitos outros com que os senhores do apito têm presenteado a nossa equipa na corrente temporada, numa clara demonstração de falta de respeito pelo nosso clube, mas mais importante ainda pelas regras do desporto rei. 

E assim, empurrada pelos juízes da partida e pela sua superioridade numérica, eis que a equipa da casa começa a acreditar e a ser cada vez mais perigosa, chegando ao empate pelo mesmo Nathan Júnior num remate bem colocado à entrada da área. 

Aos 84' e já com Baba em campo, a equipa da casa consegue mesmo dar a volta ao marcador quando o mesmo Nathan Júnior se desmarca pela esquerda, lançando a bola para a confusão da pequena área onde Moreno atira para dentro das redes da baliza de Haghigi. 

Com este golpe, e a perder com o último após ter estado a ganhar por 2-0, o desalento era visível na cara dos nossos jogadores, mas se há coisa que esta equipa não pode ser acusada é de virar a cara à luta. 

E foi assim já dentro dos 6 minutos de compensação, com Haghigi inferiorizado devido a um choque com um jogador tondelense, após uma bola mal afastada por Zubikarai, Dirceu da entrada da área atira a contar, voltando a empatar o jogo. 

Mas ainda havia mais por contar neste jogo pois num dos lances finais, Dyego Sousa mete a bola em João Diogo que frente-a-frente com o guarda redes da casa mete a bola à mercê de Baba a quem bastou encostar para consumar uma nova reviravolta e dar uma vitória muito importante para o Maior das Ilhas. 

Após o jogo, houve ainda oportunidade de trocar impressões com alguns elementos da comitiva, entre os quais João Diogo, Rúben Ferreira, Éber Bessa, Nelo Vingada, Arnaldo Carvalho e Carlos Pereira felicitando-os por esta importante vitória, novamente contra 14. 

Está pois então visto que na próxima jornada na recepção à Académica nos espera mais uma batalha que é fundamental vencer para obter a tranquilidade necessária para o final da temporada. 

Algo de muito estranho se anda a passar ao nível da arbitragem, com constantes decisões erradas em prejuízo da nossa equipa, mas cabe aos maritimistas fazer dos Barreiros um inferno para não deixar que nos deitem abaixo. E não conseguirão, pois contra tudo e contra todos, até morrer Marítimo allez!
 


Imagens do jogo:  
























Adeptos presentes



Sport TV

RTP Madeira

Festejos da vitória (RTP Madeira)

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Respeito. Vamos a mais uma final.



 
Numa época em que estamos uns furos abaixo do expectável, conseguimos alcançar um objectivo sempre difícil, o de chegar a uma final. Pelo segundo ano consecutivo… cá estamos! Se éramos a única equipa madeirense a conseguir tamanha proeza, consolidamos ainda mais esta nota de destaque, e agora somos igualmente os únicos a fazê-lo em duas épocas seguidas. Notável, sem dúvida.

Pode dizer-se que o adversário era “apenas” o Portimonense, uma equipa da segunda divisão e que não fizemos mais do que a nossa obrigação… não sendo uma mentira descabida, a verdade é que para chegarmos a esta meia-final, tivemos de jogar fora com o Feirense, onde ganhámos, visitar o Dragão, onde quebrámos o enguiço e finalmente saímos de lá com uma vitória, por expressivos 3-1 e, por fim, receber o complicado Famalicão. 

Por outro lado, este Portimonense “só” defrontou primodivisionários, onde ganhou todos os seus jogos, Sporting à mistura. Se era fácil para nós, também terá sido para todos os outros que ficaram pelo caminho…

Seria de esperar que a esta altura já estivéssemos a planear viagens, alojamento, a marcar férias, dispensas do trabalho, trocas de dias com colegas e até mesmo alguns galhardetes com amigos do clube adversário. Pois bem, estamos em Portugal e nada disso acontece, porque não há data, não há local e não há adversário!!!

Se o adiar da outra meia final ainda entra no campo do razoável, não concordamos nem aceitamos que a data da final seja alterada (como, ao que parece, vai acontecer). Não é preciso ser o Willy Fog para perceber que uma deslocação que dista 1000 km deve ser planeada com antecedência, ainda para mais quando existe a obrigação de uma viagem de avião. O esforço económico, gestão de responsabilidades familiares e profissionais é manifestamente maior para quem vem de longe. 

Não aceitaremos finais durante a semana, não aceitaremos finais marcadas com 15 dias de antecedência, não aceitaremos tratamentos díspares para dois clubes que partem de um pressuposto igual: são os dois finalistas de uma mesma competição. 

Queremos estar em maior número do que no ano passado, desejamos fazer ainda mais barulho, pretendemos contribuir para um espectáculo ainda com mais cor. Mas também queremos respeito. 

Temos de marcar posição, seja contra o Braga ou contra o Benfica, temos de vincar a nossa posição e zelar pelos interesses do nosso Marítimo e dos nossos adeptos. 

A Liga diz querer que os adeptos encham os estádios. Nós também queremos. Se eles fizerem a parte deles, acreditem que nós faremos a nossa.

Nota de destaque para os media: Já percebemos que desde o sorteio da fase de grupos que não somos desejados. Nem pelo facto de termos sido finalistas o ano passado nos deu credibilidade aos intelectuais do jornalismo. Depois da futurologia transversal aos diversos jornais, em que “mais um clássico” estava na mira, o destaque dado pela nossa chegada à final ficou-se por um texto de ler à lupa. Cá estaremos para comparar o tratamento dado quando o segundo finalista for apurado. Não ajudamos a vender jornais, mas os jornais ajudam-nos a limpar muita coisa. Continuem assim!