segunda-feira, 31 de março de 2014

Liga ZonSagres 2013/2014: Gil Vicente-1 /Marítimo-1

Vacilar no momento decisivo

No penúltimo jogo em território continental nesta temporada o Marítimo deslocou-se a Barcelos com o intuito de continuar a alimentar a esperança numa qualificação europeia. O cenário era o de uma tarde fria e bastante chuvosa na região do Minho e um relvado cujas condições deixavam muito a desejar, a antítese de outros palcos mais apetecíveis e com maior glamour, mas são precisamente neste tipo de campos que se travam a maioria das batalhas e se cumprem ou se falham objectivos.

O jogo começa praticamente com uma oportunidade para o Marítimo, a qual não foi concretizada pelo Derley e também com um amarelo ao Márcio Rozário por travar um contra-ataque da casa num lance em que Patrick Bauer posicionava-se para fazer a dobra.

Ao minuto 15, mão de um defesa gilista na sua área e consequente penalty para o Marítimo. Chamado a marcar, e apesar do mau estado do relvado na zona da marca de grande penalidade o suspeito do costume, de seu nome Derley levanta a bola para fora do alcance de Adriano e atira a contar. Feito o golo para o Marítimo até ao intervalo só se registou o amarelo ao Bauer aos 20' e um lance de grande perigo do Gil já mesmo no final da primeira parte.

Na segunda parte, o Marítimo teria de ter muitas cautelas para conseguir segurar este resultado. Apesar de o campo estar em melhores condições, dado que a chuva deu tréguas, o facto de a nossa dupla de centrais estar amarelada fazia com que tivesse de se ter muito cuidado.

No entanto há coisas que parece que se adivinham... Após dois lances de grande perigo para a baliza do Gil (entre eles uma grande defesa de Adriano) surge o cartão vermelho para o Márcio Rozário, o qual marca a história deste jogo. Decisão justíssima dado que após ter sido batido pelo avançado gilista o brasileiro travou-o quando este ia isolado para a baliza.

No entanto na conversão do penalty Hugo Vieira atirou por cima da barra. Evitou-se o impacto imediato, mas mesmo apesar da troca de Weeks por Gegé a equipa da casa veio naturalmente em busca do prejuízo, tentando-se aproveitar da vantagem numérica.

O golo do empate não tardou a surgir, aos 53' num remate rasteiro, um pouco frouxo mas colocado junto ao poste direito de Salin. Fica a dúvida se o francês, que parece não ter visto o remate sair, tem a sua quota parte de culpa neste golo de Diogo Viana.

Dada a desvantagem numérica, a tendência continuou a ser a de um maior domínio do Gil Vicente. Apenas após as trocas de Nuno Rocha por Marakis e de Artur por Danilo Dias o Marítimo conseguiu voltar a incomodar a baliza caseira. Até ao final do jogo regista-se também um par de boas defesas de Salin a segurar um empate, que no final de contas e dadas as aspirações europeias que ainda restavam soube a muito pouco.

Estando a luta pelo último lugar europeu ao rubro e tendo em conta o grau de dificuldade desta jornada para os nossos adversários directos, uma vitória nesta jornada teria sido um reentrar a sério no que diz respeito a este último sprint até à porta de embarque para os voos europeus. Como não conseguimos fazer a nossa parte, e com muita pena nossa, o passaporte europeu terá muito provavelmente de ficar arrumado no fundo da gaveta até à próxima época...

Imagens do jogo

Estádio Cidade de Barcelos. Muito boas condições sem megalomanias.
Central do Cidade de Barcelos
Aquecimento dos guarda-redes do Marítimo
Aquecimento do Marítimo
Aquecimento das equipas
Aquecimento do Marítimo
Equipas iniciais
Primeira parte
Primeira parte
Segunda parte
Segunda parte
Final do jogo

terça-feira, 18 de março de 2014

Liga ZonSagres 2013/2014: Estoril-1 /Marítimo-0

Alergia ao amarelo

O Marítimo terminou o périplo desta temporada pela capital, com uma derrota pela margem mínima no Estádio António Coimbra da Mota. Este jogo teve um aperitivo que começa a ser usual, com um treino na Cidade Universitária, que serviu para ultimar a estratégia a apresentar frente à equipa sensação da Liga Zon Sagres.


Trata-se de facto de uma equipa muito organizada e bem orientada, apesar da ausência por castigo de um dos melhores jogadores da equipa, o brasileiro Evandro. A história da partida fica marcada logo aos 13 minutos pelo golo solitário de João Pedro Galvão, sem que o Estoril tivesse evidenciado grande superioridade até essa altura, em termos exibicionais. A partir daí assistiu-se a uma tentativa de reacção do Marítimo, sempre muito pressionante, mas sem criar grandes lances de perigo.



Aos 39 minutos, numa bola parada ofensiva do Estoril, Rúben Fernandes carregou Danilo Pereira à margem das leis e viu o vermelho directo, pela falta grosseira. A partir deste momento, o Marítimo acentuou o seu domínio, esbarrando sempre na quase perfeita organização defensiva do Estoril.



A segunda parte passou-se praticamente toda no meio campo defensivo do Estoril, porém os lances de real perigo foram quase inexistentes (excepção feita a um cabeceamento muito perigoso de Danilo Pereira), apesar do esforço evidenciado pelos atletas maritimistas na busca de um melhor resultado. O Estoril só criou perigo através de contra-ataques venenosos e de erros da nossa defensiva. De referir que a assistência foi de cerca de 2600 espectadores.



A luta europeia continua em aberto, apesar do resultado negativo, com 4 pontos a separarem o Maior das Ilhas do 5º lugar. Destaque para a presença de cerca de 60 adeptos maritimistas, que ofereceram um bom apoio à equipa, reconhecido no final do jogo pelos jogadores, apesar do resultado negativo. O saldo de jogos nas imediações da capital resultou em 4 derrotas e uma vitória em Setúbal, curiosamente semelhante ao saldo contra equipas que alinham de amarelo (Paços de Ferreira, Estoril e Arouca). Esperemos que a próxima época seja bem mais positiva e que os adeptos que estiveram no Estoril apoiem a mesma equipa que apoiaram no Sábado passado, nomeadamente nos jogos contra os denominados “grandes”.



Imagens do jogo e do treino:

Alguns dos adeptos presentes

1ª Parte



Aspecto da bancada central

Adeptos maritimistas no intervalo do jogo

Intervalo

2ª Parte


Apoio ao lado direito do ataque, na 2ª Parte



Corrida à volta do relvado

Início do treino


Treino de bolas paradas

Autocarro estacionado na Cidade Universitária