sábado, 14 de dezembro de 2013

Liga ZonSagres 2013/2014: Académica-1 / Marítimo-1


Última deslocação do ano civil de 2013. O Marítimo deslocou-se a Coimbra num início de noite de sexta-feira e, num jogo com muito pouco público trouxe um ponto da cidade dos estudantes.

Mais uma vez importa reflectir sobre os horários dos jogos de futebol, que acima de tudo são marcados para servir os interesses das televisões e não dos adeptos e do espectáculo em si. Prova disso são os 2224 adeptos presentes, que ocuparam apenas 7,4% da capacidade do Estádio Cidade de Coimbra. Depois do Euro 2004, passamos a ter alguns bons estádios para... Ficarem às moscas!

No jogo em que rolou pela primeira vez no nosso campeonato a Brazuca (a bola do mundial 2014), no 11 do Marítimo, mudança na baliza com Leoni a tomar o lugar de Wellington que apesar da vitória e empate contra Arouca e o nacional, nunca deu mostras de total segurança na baliza.

Primeiros minutos de jogo morno, sendo as primeiras oportunidades para o Marítimo primeiro numa recuperação de bola pelo Sami ainda no meio campo da Académica aos 16', tendo ainda o perigo rondado a área da Académica aos 20' numa desatenção de Ricardo. Uma nova desatenção do mesmo aos 28' faz com que a bola seja mal aliviada, batedo em Héldon, tendo o Artur aproveitado para colocá-la dentro da baliza, tendo no entanto o lance sido anulado por suposto braço do cabo-verdiano, num lance que no estádio deixou muitas dúvidas.
No entanto, muitas vezes não é quem está por cima que marca, logo aos 41' num canto batido à maneira curta, Makelele acaba por abrir o marcador para os da casa, resultado com o qual se foi para o intervalo.

A segunda parte mais do mesmo, ou seja, o Marítimo a dominar o jogo e a tentar chegar ao golo. Foi nessa óptica que a saída de Alex Soares (amarelado) pelo Theo Weeks aos 63' foi uma mudança natural, de modo a dar maior pendor ofensivo ao meio-campo verde-rubro. E diga-se de passagem que a partir deste momento o Marítimo passou a conseguir trocar a bola com muito mais qualidade, a fazer lembrar o "nosso" tiki-taka de há 2 épocas atrás.
No decorrer do minuto 72', o golo da igualdade. Assistência de Sami, para Derley à ponta de lança meter a bola no poste mais distante, longe do alcance de Ricardo!

Mesmo assim quem continuou a mandar no jogo foi o Marítimo, sendo no entanto as duas últimas oportunidades do jogo para a Académica através de dois cabeceamentos, um deles negado por uma grande defesa de Leoni aos 85' e o outro já nos descontos a passar ligeiramente por cima.

Com este empate o Marítimo fica com 15 pontos desperdiçando a oportunidade de subir uns lugares na tabela classificativa. Resta acabar o ano a ganhar ao Braga, para ver se conseguimos acabar 2013 numa posição um pouco melhor.

No final do jogo, à saída para os autocarros pode-se ver alguns jogadores, entre eles Sami, Márcio Rozário e Fidelis em conversa demorada com alguns elementos que por lá estavam à sua espera. O aproximar do mercado de Inverno e do final de contrato de alguns destes jogadores assim ditam estas abordagens, no entanto, será de esperar e de exigir que o rendimento destes e de todos os outros jogadores não se altere na 2ª metade da temporada, enquanto ainda estiverem vinculados ao Marítimo.
Nota também para o guarda-redes Leoni que teve de ir até ao hospital fazer alguns exames devido a um choque aos 55' de jogo.




Fotos do decorrer do jogo



Coreografia da claque Mancha Negra: "Somos espectadores, não telespectadores", em crítica aos horários dos jogos

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Liga ZonSagres 2013/2014: Arouca-1 / Marítimo-2

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”

Existem deslocações nas quais a razão simplesmente não tem voto na matéria. Isto porque levantar de manhã cedo num frio Domingo de Dezembro e fazer mais de 600 km com o único objectivo de ver um jogo de futebol de 90 minutos numa vila no interior de Portugal são coisas que a razão não pode explicar.

Menos racional ainda é se essa vila ficar a 40 km da autoestrada que liga Porto e Lisboa sendo a única maneira de lá chegar por uma estrada a fazer lembrar as nossas velhinhas estradas regionais madeirenses.

Ir a Arouca não é de todo o mesmo que ir a um estádio de Lisboa ou do Porto, quer pela proximidade geográfica destes, quer por outros atractivos de cor verde, vermelha ou azul que fazem com que as idas do Marítimo a tais estádios sejam sempre as mais concorridas de toda a época.
No entanto o Marítimo não esteve só em Arouca, pois movidos pelo amor ao nosso clube e também por alguma dose de loucura, cerca de uma dezena de adeptos fizeram questão de dizer presente!

Indo ao jogo propriamente dito, não entramos bem. Na primeira parte o Arouca entrou melhor e controlou completamente o jogo, sendo esse domínio apenas estancado pela entrada do Danilo Pereira com o intuito de dar mais músculo ao meio-campo e de estancar as investidas da equipa da casa, que ainda chegou a criar uma grande situação de perigo no final da primeira parte.  

Ao intervalo, as perspectivas não eram as melhores, mas o filme que se tinha passado este ano em Setúbal foi relembrado. E com razão! O Marítimo que voltou do balneário foi um Marítimo transfigurado e decidido a sair de Arouca com os 3 pontos. Com mais posse de bola, mais confiança e mais oportunidades fomos criando cada vez mais perigo para a baliza caseira. Esta entrada foi o aviso para o golo do Héldon aos 50 minutos no culminar de uma jogada de insistência em que a defesa do Arouca não conseguiu tirar a bola para fora de perigo.

Quinze minutos depois empata o Arouca por intermédio de Serginho, recém-entrado em campo. No entanto, a sorte virou novamente para o Marítimo dado que aos 68’, Miguel Oliveira defesa do Arouca foi expulso por acumulação de amarelos.

E se há coisa que não falta este ano nesta equipa é a entrega, e o golo do Héldon, num cabeceamento perfeito aos 80’ foi o prémio por toda a vontade demonstrada pelos nossos em sair de Arouca com os 3 pontos.
Até ao final, o Sami ainda foi expulso aos 86’ e assistiu-se ao natural pressing final do Arouca, numa tentativa de minimizar os danos. Certo é que o resultado final foi mesmo o 1-2, o que permitiu ao Marítimo afastar-se pontualmente do fundo da tabela e dos lugares que não condizem com o estatuto do clube e onde não esperamos mais voltar.

Nota ainda para o agradecimento final aos presentes do Héldon, Igor Rossi, Gegé, Danilo Pereira, Rúben Ferreira e Carlos Jorge realçando a importância do apoio mesmo nos lugares mais inóspitos. É isto!


Ir a Arouca fez lembrar que há coisa de meia dúzia de anos, neste mesmo estádio fomos eliminados da Taça de Portugal. Na altura, certo escriba utilizou a expressão "De Arouca à louca" para intitular a sua crónica sobre o seu clube num matutino regional. Mal sabia o mesmo que algum dia tal título podia fazer tanto sentido! É que no próximo Domingo as loucas descem da serra à cidade...

Vamos a eles!

Cartaz do jogo (página de facebook Alma Maritimista)

Estádio Municipal de Arouca e loja do clube


Entrada das equipas

Primeira parte, já do outro lado do estádio


Segunda parte


Adeptos (entre eles um amigo vitoriano)