terça-feira, 20 de outubro de 2015

Taça de Portugal 2015/2016: Lusitânia de Lourosa-0 / Marítimo 2 (A.p.)

8 da manhã. Bora levantar que hoje há Taça e há uma deslocação para fazer. Camisola a preceito, cachecol ao pescoço e siga. Confirma-se com os restantes companheiros de “batalha” e ninguém vai chegar atrasado. Sítio do costume, níveis de cafeína repostos e vamos embora. À saída, alguém perguntou: “Vão a Lourosa para ver um jogo da Taça e com um tempo destes? Gandas malucos…”

Se o futebol não fosse emoção e o amor a este clube não fosse real, talvez a pergunta fizesse sentido. Assim, quase que chega a ser ofensiva. Sim, claro que vamos. Afinal, o Jamor pode começar em Lourosa. E vamos poder dizer que estivemos lá. Onde tudo começou. Ninguém o diz por enquanto, mas cá no fundo, é o que queremos e imaginamos.

As previsões meteorológicas não estavam famosas, mas quem já enfrentou alertas amarelos, laranjas e vermelhos para ver o Marítimo, não era nada que assustasse. De Lisboa a Lourosa são 300 kms de distância e não foi a chuva que enfrentámos à passagem por Coimbra que nos fez dar meia volta.
Saída na saída 19 da A1, acerto no GPS e Lourosa era já ali. Cidade pequenina no interior nortenho, a quase 30 kms do Porto. 

Chegámos por volta das 13h00 e a hora pedia almoço. Nada melhor do que aproveitar para conhecermos a sede do adversário. Local simples e como chegámos sem avisar, “a diária” já não estava disponível (expressão para prato do dia). Aqui entra a simplicidade, boa vontade e bom receber das gentes de Lourosa. “Não há diária, mas fazemos umas bifanas e a sopa é muito boa”. Não foi o melhor repasto do mundo, mas o convívio e o bem receber superaram qualquer falha. Todos queriam conversar e dar-nos as boas vindas. À saída, a cozinheira de serviço, despede-se de nós deixando-nos com um aviso: ”Não chamem nomes ao 19, porque é o meu filho!” É também por isto que fazemos 600 kms num dia. Pelo convívio e pela boa disposição. Juntámo-nos ao resto do grupo (mais uns quantos que apareceram, com saída do Porto e que, embora a escassez de transportes, lá conseguiram aparecer a horas).

Quanto ao jogo, já por certo leram as várias crónicas: Marítimo com um início em que parecia querer resolver as coisas cedo, mas a verdade é que o Lourosa mostrou sempre muito querer e boa organização, assustando o nosso Sá por duas vezes, que mostrou sempre muita segurança e bons reflexos. À medida que o jogo foi avançando, foi-se percebendo que teríamos de fazer mais do que estávamos a mostrar, até porque o rumo do jogo mostrava… equilíbrio!!

Após o intervalo, mais do mesmo: um Marítimo pouco incisivo e o Lusitânia de Lourosa a não perder as suas forças e a manter o equilíbrio. À medida que o jogo ia avançando, as diferenças entre o poder físico das duas equipas começaram a fazer-se notar, mas a expulsão de Diney (que estava a fazer um jogo muito certinho, mas que viu dois amarelos em dez minutos, o primeiro dos quais de forma ingénua por pontapear uma bola com o jogo parado), fez com que as gentes do Norte começassem a acreditar que a Taça pudesse acontecer, mas a verdade é que as oportunidades escasseavam para os dois lados. E assim chegámos ao final dos 90 minutos e por muito importante que seja o convívio, a verdade é que nenhum de nós foi a Lourosa para ver um tomba-gigantes. Gostamos muito quando acontece Taça, mas com outros personagens.
Finalmente apareceu o golo. Rúben Ferreira num remate cruzado fez o golo e veio festejar perto de nós. A verdade é que teve o sabor a alívio e o segundo golo, da autoria de Marega, confirmou que não havia penaltis para ninguém. 

Final de jogo com os jogadores a agradecerem o apoio e dois sortudos que tiveram direito a camisola. Já à saída para o autocarro, os nossos atletas mostraram-se muito disponíveis para fotografias e dois dedos de conversa. Notória a popularidade do Sá, que à saída do balneário foi cercado pelos miúdos das camadas jovens do Lourosa.

Missão cumprida, bom ambiente, boa gente e o Jamor… pode ter começado aqui.


Imagens do jogo:

Autocarro da equipa da casa

Exterior do estádio do Lusitânia FC de Lourosa


Emblema da equipa da casa. Um confronto entre leões nesta eliminatória da Taça de Portugal
Uma das entradas do estádio
Bancada central do estádio

Adeptos maritimistas sempre presentes
Bancada central do estádio
Aquecimento
Aquecimento
Aquecimento
Aquecimento
Aquecimento
Aquecimento
Aquecimento
Entrada das equipas


Entrada das equipas
Claque da equipa da casa










Imagem do facebook oficial de José Sá: "Para todo o lado a apoiar o Maior das Ilhas!"
Equipa reunida antes do prolongamento
Regresso a casa: a chuva fez questão de estar bem presente nesta deslocação
João Diogo e Salin a oferecerem a sua camisola a dois dos habituais. Mais do que merecido!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Primeira Liga 2015/2016: Académica-1 / Marítimo-0

O Marítimo deslocou-se, pela 3ª vez no ano de 2015, ao Municipal de Coimbra, depois de em Maio ter disputado a sua primeira final da Taça da Liga. O adversário, aflito pelas seis derrotas nas primeiras seis jornadas do campeonato, tendo somado ainda outra derrota pelo meio, no Estádio do Marítimo (a contar para a Taça da Liga), jogava uma cartada decisiva, para não se isolar ainda mais no último lugar do campeonato.

Tal como referiu Ivo Vieira, esta Académica jogou com muita "paixão", tendo ficado em superioridade numérica logo aos 19 minutos, quando o protagonismo passou para a terceira equipa em campo, que decidiu dar segundo amarelo à segunda falta de Dirceu. Possivelmente seria motivo de escândalo nacional se tivesse sucedido a uma das três equipas que a imprensa desportiva considera como "grandes". Mas como é o Marítimo, está tudo bem.

Apesar das contrariedades causadas pela inferioridade numérica, o Marítimo continuou a fazer o seu jogo, de forma tranquila e a revelar grande entreajuda defensiva, evitando assim que a Académica tivesse ameaçado a baliza de Salin até ao intervalo. Ficava a sensação que o equilíbrio de forças tinha sido alcançado através da tal "paixão". 

Na segunda parte, a Académica apenas ameaçou através de um livre directo, bem marcado por Emídio Rafael, lance que proporcionou três excelentes defesas ao guardião verde-rubro (duas delas na recarga). Aos 64 minutos surge novo caso. Tentativa de cruzamento do jogador da Académica e bola no braço de Raúl Silva, ficando a dúvida se tinha sido bola na mão ou mão na bola. Bruno Paixão demorou a decidir, mas apontou para a marca dos 11 metros. Rui Pedro marcou o 3º golo da  Académica esta época, tendo todos sido apontados de penalty, o que ilustra bem a capacidade ofensiva da equipa da casa...

Nos minutos finais do encontro, o Marítimo teve duas grandes oportunidades para empatar o jogo, através de um remate de Dyego Sousa e de um cabeceamento de Raúl Silva, ambos defendidos por Pedro Trigueira. A equipa de arbitragem decidiu dar 5 minutos de compensação, tendo terminado o jogo aos 94 minutos. Se não for inédito, deve estar bem perto disso. A equipa (salvo poucas excepções) esqueceu-se de agradecer a presença e o apoio dos cerca de 20 adeptos verde-rubros.

Ficha de jogo e resumo 

Imagens do jogo e vídeo do regresso da equipa dos balneários:

Aspecto das bancadas no início do jogo

1ª Parte
1ª Parte

Intervalo e alguns dos adeptos verde-rubros presentes




quinta-feira, 4 de junho de 2015

Final da Taça da Liga 2014/2015: Marítimo- 1 / Benfica- 2

O dia 29 de Maio de 2015 fica marcado para sempre na história do Marítimo como um dia histórico, por se ter tratado do dia da presença na 3ª final de uma competição oficial (4ª se contarmos com a final do Campeonato de Portugal 1925/1926) e a estreia em finais da Taça da Liga. O palco - Estádio Cidade de Coimbra - conhecido por alguns de nós, tanto de edições anteriores do campeonato, como do desta época, trazia algumas memórias, pois o Marítimo costuma ser feliz em Coimbra. O jogo não se afigurava nada fácil. O adversário, recém-sagrado bicampeão nacional, a jogar praticamente na máxima força (apenas com a ausência de Salvio) e fortemente acompanhado por uma legião de adeptos, não necessitava de grandes apresentações. Mas os adeptos verde-rubros deram uma verdadeira lição a essa legião de adeptos, demonstrando de facto que nem sempre quantidade é qualidade. 

Algo longe dos 3500 adeptos anunciados pelo presidente Carlos Pereira, os Maritimistas presentes pareceram mais que todos os adeptos benfiquistas presentes, tal o sentimento verde-rubro e o querer demonstrados em trazer a taça para a Madeira. A festa começou junto à Praça da República, onde se foram aglomerando os adeptos Maritimistas, com alguns a passarem pela Casa da Madeira em Coimbra. Por volta das 17:30 começou um cortejo verde-rubro, em direcção ao estádio, com destaque para as gentes de Coimbra, sempre com palavras de simpatia e incentivo aos adeptos verde-rubros. O ponto alto deste cortejo foi o cruzamento do mesmo com o autocarro, para delírio de todos os adeptos verde-rubros presentes e que terá sido um incentivo-extra aos atletas do Maior das Ilhas.

A primeira parte foi extremamente equilibrada, com o Marítimo a conseguir travar as jogadas de ataque do Benfica longe do perigo. A primeira ocasião de perigo até pertenceu ao Marítimo, com Xavier, num bom lance individual, a rematar para a defesa de Júlio César, tendo o árbitro auxiliar (bem posicionado) entendido que deveria dar lugar a pontapé de baliza. Aos 32 minutos, Carlos Xistra amarelou Briguel e Raúl Silva e aos 35 minutos Moussa Marega por protestos. Mais uma vez, o árbitro auxiliar que acompanhou o ataque do Marítimo na primeira parte e outra vez bem posicionado, não conseguiu ver que a bola não saiu do terreno de jogo. Bola para o Benfica, livre a meio do meio campo, marcado por Pizzi, assistência de Jardel e golo de Jonas. 1-0 para os comandados de Jorge Jesus, quando faltavam poucos minutos para o intervalo. Não acusou o toque a equipa do Maior das Ilhas nem os seus adeptos, que continuaram a apoiar a equipa incessantemente. Já no final da primeira parte, por muito pouco o Marítimo não igualou, num cruzamento de Xavier para Marega.

Ao intervalo reinava um sentimento de confiança na reviravolta na bancada Maritimista. Este sentimento sofreu um certo revés quando Raúl Silva, numa acção imprudente para um defesa com cartão amarelo, decidiu travar Jonas e viu o segundo cartão amarelo. Tecnicamente, muito bem o árbitro, mas resta saber se teria tido a mesma convicção caso tivesse de expulsar um jogador encarnado aos 47 minutos de jogo... Mas esta equipa do Marítimo não se deixa derrubar por pouco e continuou a lutar contra tudo e contra todos, bem apoiada pelos adeptos verde-rubros que se deslocaram a Coimbra. Aos 56 minutos, recuperação de Rúben Ferreira, bom lance no meio campo verde-rubro e soberbo passe de Fransérgio a desmarcar João Diogo para um excelente golo da igualdade. Explosão de alegria na bancada Maritimista, com toda a gente abraçada, em cima do muro e em delírio. Voltou-se a acreditar que, mesmo com 10 jogadores, seria possível levar a taça para o nosso museu. Após este golo, o Benfica tremeu e o Marítimo até poderia ter passado para a frente do marcador, num bom remate de meia distância de Rúben Ferreira, que passou ao lado.

Até ao final do jogo, o Benfica tomou as rédeas do jogo, como seria de esperar, por estar a jogar contra 10 jogadores e criou várias situações de perigo. Aos 80 minutos, num lance de insistência na área verde-rubra, Jonas domina a bola, a defensiva Maritimista não conseguiu cortar e, com alguma sorte à mistura, a bola sobrou para Ola John, que fuzilou a baliza à guarda de Salin. Balde de água fria na bancada Maritimista, pois já se sonhava na possibilidade de chegar às grandes penalidades e assim discutir o troféu.

Apesar da derrota, o sentimento na bancada era de orgulho, tanto pela prestação da equipa dentro das quatro linhas, como pelo apoio dado à mesma, que materializou aquilo que de melhor tem o espírito da família verde-rubra. Vendemos cara esta derrota e demonstrámos que poderíamos perfeitamente ter levado este troféu para a Madeira, porque quisemos mais que eles e porque sendo o Marítimo as nossas conquistas nunca foram fáceis, pelo que sabem sempre tão bem.

Com esta final, terminou a época desportiva, que ficou marcada pelo 9º lugar no campeonato e uma luta pela Liga Europa até à penúltima jornada. Que a próxima época seja marcada pelo final das obras no nosso Caldeirão e que nos apuremos novamente para a Europa do futebol. Cá pelo rectângulo, tentaremos continuar a acompanhar ao máximo o Maior das Ilhas nos seus jogos fora de portas!



Imagens do dia:

Concentração na Praça da República


Concentração na Praça da República

Concentração na Praça da República

Concentração na Praça da República

Concentração na Praça da República

Cortejo rumo ao estádio

Cortejo rumo ao estádio
Cortejo rumo ao estádio

Cortejo rumo ao estádio

Cortejo rumo ao estádio
Autocarro verde-rubro cruza-se com cortejo
Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Eternamente os Maiores

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio

Apoio no interior do estádio