E o regresso foi em Leiria
Depois de muito penar, a verdade
é que estávamos ansiosos por este este dia: Finalmente pudemos regressar a um
estádio! Ironia do destino, o último
jogo a que assistimos foi no Jamor, contra este mesmo B SAD. Desta feita,
tivemos de fazer mais de 100 km para cada lado, uma vez que o jogo foi em
Leiria, a uma segunda feira às 21h15.
Não haveria teste PCR ou
distância que nos fosse demover do que já tínhamos interiorizado: Na primeira
oportunidade possível, é para ir, custe o que custar. E assim foi, bem ao final
da tarde, lá fomos nós pela A8 rumo a Leiria. Infelizmente não foi possível
irmos mais cedo, pois há quem trabalhe… foi mesmo o tempo da viagem e siga para
o estádio. Com muita pena nossa, nem uma roulotte para comer uma bifana à
pressa, mas pior ainda foi constatar que um estádio do Euro não abriu o bar
para a zona dos visitantes. Sem nada no estômago, mas que se lixe. Não viemos
aqui para comer.
Novas normas obrigam a que além
da habitual revista, agora seja necessária a verificação de teste, certificado,
cartão de cidadão… mais parece a matrícula da escola do que um espetáculo
desportivo. Chegados finalmente às bancadas, verificámos com alegria que não
estávamos sozinhos: éramos cerca de 30 maritimistas naquela bancada. Embora contentes,
estranhamos – em muito – a recusa do clube em ajudar com os já habituais
ingressos. Certo que receberam menos, em virtude da contingência actual, mas a
verdade é que existiram. Embora o clube não tenha obrigação, a verdade é que
somos nós a fazer milhares de km todas as épocas para apoiar o clube (quem
terão sido os sortudos a ter direito a convite??). Enfim, não é pela ausência
de bilhete, mas fica o registo.
Quanto ao jogo, não podíamos ter
pedido melhor: primeiro quarto de hora e já ganhávamos por dois zero. Há muitos
anos que isto não acontecia – de facto, foi muito bom gritar golo com tão pouco
tempo de jogo.
A nossa bancada, embora com pouca
gente, já começava a fazer-se notar e temos a certeza que terá sido audível
pela televisão.
A equipa esteve na generalidade
em plano muito positivo, com exceção ao novo guarda-redes: com poucas
oportunidades de se mostrar, a verdade é que esteve muito mal no golo sofrido e
o jogo de pés não foi, de todo, o mais seguro. Veremos se foram apenas os nervos
da estreia…
Dos reforços, destaque natural
para o Vidigal – joga e faz jogar, marcou um golo daqueles que é só para quem
sabe. No entanto, o ex-estorilista ainda tem margem para melhorar - em alguns
lances a bola poderia ter sido passada a um colega. Mas que tem futebol nos
pés, isso tem.
Rossi a meio campo é uma clara
mais valia. Muito seguro, voluntarioso e não tem receio em pôr o pé.
Não é reforço, mas temos de
destacar o jogo do Alipour: além do golo digno de oportunidade – recepção muito
boa e tiro para o fundo da baliza – foi sempre muito presente e não desistiu de
nenhum lance.
A nossa vitória nunca esteve em
causa, mas confessamos que o último lance – canto a favor da B SAD com o guarda
redes a subir até à nossa área – fez-nos sentir uma adrenalina desnecessária,
pois jogámos mais do que o suficiente para não sofrer.
Terminado o jogo e ainda sem nada
no estômago, só encontrámos uma solução – McDonald’s (que belo restaurante
típico local…) com uma agravante que em muito nos envergonha: devido ao adiantar
da hora, não podiam servir cerveja.
Em muitos anos de deslocações,
foi a primeira vez que tal aconteceu: meus amigos, nem uma mini!!!
A vingança será no Estoril!
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