Jogo marcado para Sábado às 18h30. Como sempre, uma
deslocação que é apetecível a todos os maritimistas que residem na área da
Grande Lisboa: relativamente perto e normalmente um jogo que proporciona um
convívio salutar entre os nossos e também entre os da terra que nos recebe.
Os últimos resultados – e exibições – não nos permitiam ir
com a confiança com que normalmente nos apresentamos em terras banhadas pelo
Sado, mas, como sempre, o objectivo é procurar a vitória seja em que campo for.
O dia não se apresentava propriamente agradável: previsão de
frio e chuva, o que em Setúbal significa mesmo muito frio e condições muito
abaixo da média do que se pretende em pleno século XXI para assistir a um jogo
de futebol.
Os amigos do Vitória que nos desculpem, mas é preciso gostar
muito de futebol para assistir a um jogo de futebol neste estádio cada vez mais
obsoleto. O histórico Vitória e as suas gentes já merecem um estádio que
proporcione outro tipo de condições. É demasiado grande, o público está
extremamente afastado do terreno de jogo, os bares de apoio vivem paredes meias
com as casas de banho, os varandins de apoio estão ferrugentos… enfim, esperamos
que as coisas se alterem a breve trecho, mas sabemos que a solução está ainda
longe de acontecer.
Como somos dos que acreditam que o futebol vai muito além de
estádios modernos, chegámos a Setúbal com mais de uma hora e meia de
antecedência e o ponto de encontro é já um local conhecido de outros anos e é alvo
de romaria obrigatória: A tasca do Becas. Situada mesmo à porta do estádio este
é o sítio de eleição, onde normalmente todos nos encontramos. Como sempre,
fomos bem recebidos e tivemos oportunidade de confraternizar com os vitorianos,
que em amena cavaqueira nos desejaram boa sorte, ao que retribuímos com a
apresentação a uma só voz da nossa Marcha com uma tocha em pano de fundo. Momento
para a posteridade registado e as cerca de 30 almas maritimistas rumaram para o
estádio.
No momento em que passámos os torniquetes, começou a chover,
o que aconteceu até final do jogo. Não foi por falta de apoio que a nossa vitória
não apareceu, incentivámos, cantámos, batemos palmas e ninguém arredou pé,
indiferentes à chuva que marcou presença.
O jogo não nos encheu as medidas, não só devido à
intranquilidade que o Professor Nelo Vingada referiu no final da partida, mas porque a
equipa não vive, de facto, um momento positivo no geral: os passes saem fracos,
os remates são escassos e vão ao lado. E a garra? E a determinação? E o querer?
O futebol é feito de momentos, e por vezes, basta um “clique” para que as
coisas se alterem, mas isso ainda não aconteceu.
Certo é que este Vitória também não mostrou muito, mas a
fluidez do seu futebol sempre dá para disfarçar um pouco mais o seu (pouco)
futebol.
Nota positiva para a estreia do Maurício, que não tendo sido
brilhante, a verdade é que não comprometeu e mostrou segurança. A rever.
Nota para o nosso golo de penalti. Se por vezes referimos
que os árbitros não são justos para o nosso lado (e isso já aconteceu diversas
vezes este ano), não nos custa admitir que o defesa não tinha forma de esconder
mais o seu braço…
O empate acabou por ser positivo, mas desejamos ver mais e
melhor. Temos a certeza que os jogadores sentem também isso e embora só dois
deles – Salin e João Diogo vieram ter connosco agradecer o apoio e pedir para
que não viremos costas a eles – acreditamos que todo o plantel quer melhorar.
A melhor oportunidade é sempre vencer o próximo jogo. Na
próxima quarta-feira temos oportunidade de conseguir o tal “clique”. Conseguir
o apuramento para mais uma final é o melhor momento. Nós acreditamos. Se for
preciso estar mais 90 minutos à chuva para o conseguir, contem connosco. Da
nossa parte, já lá estamos. De pé!
Imagens do jogo:
Convívio pré-jogo |
Convívio pré-jogo |
Cartaz do Vitória FC |
Referência do Maisfutebol ao apoio dos adeptos |
Adeptos presentes |
Adeptos presentes |
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