Jogo em Tondela entre duas equipas com estados de espírito diferentes. Tondela estreante nas andanças de primeira liga como lanterna vermelha e o Marítimo a tentar fugir à luta dos aflitos e a lugares que não condizem de todo com o seu estatuto.
Cientes de que são estes jogos que fazem os campeonatos, eis que novamente tivemos a mobilização de cerca de uma dezena de adeptos verde-rubros que, metendo-se a caminho a horas impróprias no que a um fim-de-semana de descanso diz respeito, se fizeram a caminho do centro do país para mais uma batalha contra 14 (mas já lá vamos).
Viagem tranquila até Tondela (nos presentes a dúvida se seria Tondela ou Arouca a localização mais
inóspita do nosso campeonato) e à chegada tempo para uma volta para ficar a conhecer a pequena localidade, almoço e convívio entre velhos e novos conhecidos verde-rubros.
Iniciado o jogo num estádio com as obras de beneficiação ainda inacabadas, mas bem dimensionado para as necessidades de um pequeno clube, a equipa de Nelo Vingada (que neste jogo fez regressar Dirceu para o lugar do castigado Maurício) cedo se pôs a ganhar por intermédio de Edgar Costa quando estavam passados 3 minutos de jogo.
Sem estar a realizar uma exibição deslumbrante, o Marítimo conseguia controlar o jogo e foi assim com alguma naturalidade que Dyego Sousa fez o segundo, após aproveitar uma certa passividade do central da equipa da casa. Segundo para o Marítimo e segundo golo devidamente festejado com a dúzia de adeptos verde-rubros presentes.
Antes do intervalo o Tondela reduz por intermédio de Nathan Júnior, que numa boa movimentação por entre os defesas verde-rubros relançou a discussão pelo resultado final.
Tendo a equipa da casa melhorado na segunda parte, e embora as oportunidades estivessem repartidas pelos dois lados, a terceira equipa decide dar o seu contributo para o relançamento da partida. Em 2 minutos, Edgar Costa é expulso por acumulação de amarelos; o primeiro por protestos e o segundo numa falta banal a meio campo.
Uma expulsão claramente exagerada em mais um episódio a juntar aos muitos outros com que os senhores do apito têm presenteado a nossa equipa na corrente temporada, numa clara demonstração de falta de respeito pelo nosso clube, mas mais importante ainda pelas regras do desporto rei.
E assim, empurrada pelos juízes da partida e pela sua superioridade numérica, eis que a equipa da casa começa a acreditar e a ser cada vez mais perigosa, chegando ao empate pelo mesmo Nathan Júnior num remate bem colocado à entrada da área.
Aos 84' e já com Baba em campo, a equipa da casa consegue mesmo dar a volta ao marcador quando o mesmo Nathan Júnior se desmarca pela esquerda, lançando a bola para a confusão da pequena área onde Moreno atira para dentro das redes da baliza de Haghigi.
Com este golpe, e a perder com o último após ter estado a ganhar por 2-0, o desalento era visível na cara dos nossos jogadores, mas se há coisa que esta equipa não pode ser acusada é de virar a cara à luta.
E foi assim já dentro dos 6 minutos de compensação, com Haghigi inferiorizado devido a um choque com um jogador tondelense, após uma bola mal afastada por Zubikarai, Dirceu da entrada da área atira a contar, voltando a empatar o jogo.
Mas ainda havia mais por contar neste jogo pois num dos lances finais, Dyego Sousa mete a bola em João Diogo que frente-a-frente com o guarda redes da casa mete a bola à mercê de Baba a quem bastou encostar para consumar uma nova reviravolta e dar uma vitória muito importante para o Maior das Ilhas.
Após o jogo, houve ainda oportunidade de trocar impressões com alguns elementos da comitiva, entre os quais João Diogo, Rúben Ferreira, Éber Bessa, Nelo Vingada, Arnaldo Carvalho e Carlos Pereira felicitando-os por esta importante vitória, novamente contra 14.
Está pois então visto que na próxima jornada na recepção à Académica nos espera mais uma batalha que é fundamental vencer para obter a tranquilidade necessária para o final da temporada.
Algo de muito estranho se anda a passar ao nível da arbitragem, com constantes decisões erradas em prejuízo da nossa equipa, mas cabe aos maritimistas fazer dos Barreiros um inferno para não deixar que nos deitem abaixo. E não conseguirão, pois contra tudo e contra todos, até morrer Marítimo allez!
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