08/05/2016
Começamos por dizer que estamos doentes. Muito doentes.
Este blog, como sabem, relata acima de tudo o que é ser Maritimista
em Portugal Continental. O que sentimos, o que fazemos, como vemos o Marítimo
deste lado do mar.
Por razões óbvias, estamos sempre em minoria nos estádios de
Norte a Sul do país, mas isso nunca foi impedimento para alguém que realmente
vive o seu clube fazer a sua parte: Apoiar a sua equipa. Como estamos sempre em
esmagadora minorai, temos oportunidade de sentir o jogo com uma perspectiva
diferente: tentamos fazermo-nos ouvir em ambientes adversos, respeitamos a casa
do adversário (embora muitas vezes tenhamos de lidar com o insulto, a piada fácil
da banana ou do Alberto João. Picardias, que quando dentro de determinados
limites, fazem parte e já aprendemos a gerir. Especialmente em minoria).
O relato de hoje não é acerca de um jogo fora, mas sim sobre o que se passou dentro da nossa própria casa. A vergonha, o nojo, a falta de respeito, veio, pasme-se dos nossos.
Acreditamos na Liberdade e que cada um tem liberdade de
fazer as suas escolhas. É, de facto, um direito. Assim como é um direito apoiarmos
quem quisermos. Da mesma forma, também temos o direito de concordar ou não com
isso. Com os direitos, aparecem os deveres, e dessa coluna de obrigações, fazem
parte o Respeito pela nossa casa, e o de não trairmos a nossa família.
No Domingo passado, jogámos fora de casa. Invasão benfiquista?
Não. Vieram talvez uns 3 mil. Bom número, sem dúvida, mas por si só não explica
a maioria. Pelo que observámos, cerca de 80 % do estádio era vermelho. E aqui
entra a tal vergonha e nojo. A maioria veio de dentro da nossa própria casa.
Hipócritas, que piores do que prostitutas, escarraram no clube que apoiam durante o ano inteiro para bater palmas aos do outro lado do Colombo.
O nojo não é apenas pelo facto de o terem feito (lá está o
tal direito à liberdade), mas sim pelo facto de não terem respeito e integridade
suficientes para deixarem o seu cartão de sócio em casa e adquirirem um bilhete
para irem perto dos seus.
Estes travestis de bancada aproveitaram-se do facto de serem associados do Marítimo para entrarem sem qualquer tipo de preconceito, envergando camisolas e cachecóis daquele que é afinal o seu clube, chegando mesmo a insultarem alguns dos nosso atletas!! Isto, repito, nas nossas bancadas, Do nosso lado da trincheira.
Estas mentes consideram isto normal, pois já nada contava
para o Marítimo e para o Benfica podia significar o título.
Para um dos nossos verdadeiros, tudo conta para o Marítimo e
para os outros, nem queremos saber.
Tal como muitos homossexuais já fizeram, assumam-se, saiam do armário. Não se enganem nem às vossas famílias. Comprem o bilhetinho e divirtam-se, mas do outro lado da bancada, porque aqui, deste lado da bancada, já não vos queremos.
Quem se aproveita do clube para benefício próprio não pode
ser um dos nossos. O argumento do “eu tenho as quotas em dia, apoio quem eu
quiser”, só vem corroborar a ideia de que um bom adepto vale por milhares de
maus sócios. As quotas dão-nos direito a entrar no estádio para apoiar os
nossos. Ponto.
Boa tarde, caros Maritimistas
ResponderEliminarLamento escrever isto na caixa de comentários mas tentei encontrar um email mas não consegui, Entrei em contacto convosco para questionar se estariam interessados em colaborar com o projecto que acabei de criar e que pretende ser um meio de comunicação/informação onde tentaremos ter todos os clubes profissionais representados com a excepção dos 3 clubes estarolas.
O blog chamasse 1 igual, pois é isso mesmo que pretendo que cada clube seja igual sem mordomias especiais (1igual.blogspot.com)
Entrem por favor em contacto através do email da conta google associada a este comentário.
Obg