Jogo marcado
para meio de uma semana de trabalho às 19h00. Quando se pretende que os
espectadores vão aos estádios, há medidas que não são entendíveis. Nós, pelo
menos, não conseguimos compreender.
A esmagadora
maioria dos nossos adeptos que acompanha a equipa nos jogos fora é composta por
estudantes universitários (muitos ainda a gozar férias na Madeira) e
trabalhadores que residem no Continente. Não foi de estranhar que não tivesse
sido possível reunir um número significativo de adeptos. No entanto, por vezes mais vale poucos e bons, do que ter muitos madeirenses com tendências encarnadas, como já se tem visto nos últimos anos.
Em todo o
caso, da nossa parte, fizemos a nossa obrigação – troca de horário de forma a
ter tempo de chegar ao estádio – e saída de casa bem mais cedo do que o
habitual.
Entre
lesionados e castigados, entrámos em campo com cinco habituais titulares de
fora (Rúben Ferreira, Fransérgio, Alex Soares, Ghazaryan e Patrick). Missão
complicada, mas nada que diminuísse a esperança de sair da Luz com uma vitória.
Início de jogo
marcado pela lesão (só faltava mais esta) de Salin, logo aos 4 minutos de jogo.
No entanto, a equipa não mostrava sinais de submissão. Com a equipa apostada em lances de
contra-ataque e bem posicionada no terreno, Fernando Ferreira, aos 8 min e Dyego
Sousa aos 20 min, estiveram muito próximos do golo.
Numa altura em
que começavam a ouvir-se assobios na Luz, e sem que nada o fizesse prever,
Carcela cruza para o golo de Pizzi. Estavam jogados 30 minutos. Foi o sinal
para uma queda abrupta no rendimento da equipa e 6 minutos depois o jogo estava
em 3-0, em lances praticamente iguais. O nervosismo e a falta de rotinas pagam-se
caro.
A entrada para a segunda parte
com um resultado tão desnivelado não antevia nada de bom, mas não teria sido
necessário assinalar o penalti a castigar falta (?) de João Diogo sobre Jonas. Seguiu-se
outro penalti (praticamente seguido) e o resultado final foi fixado aos 69 min.
Jogo sem
história, mas que tem de ser registado. Não nos queremos alongar em culpados,
esquemas tácticos e opções. Não é o nosso papel. Porém, a opinião é livre e
jogos como este devem servir para balanços.
A verdade – e
isto é factual – é que temos a pior defesa do campeonato, a par do Belenenses (34 golos sofridos em 16 jogos).
Ir a jogo sem cinco jogadores que regularmente fazem parte do 11 não é fácil,
mas não justifica tudo. Não consideramos que tenha havido uma clara falta de
atitude, mas equipa… esse conceito não existiu. Faltam-nos opções, existem lacunas
no plantel que facilmente são postas a nú. O treinador, ora tem o apoio dos
jogadores, como vem a público criticar de forma individual.
Os mais
atentos puderam ver o Marega, já depois de ter sido substituído, abandonar o
banco de suplentes, desprezando quem o puxou para ali permanecer. Porventura
não terá sido (mais) uma birra, mas a imagem que transpareceu foi essa. Mesmo
que assim tenha sido, será certamente perdoado, como tem sido até aqui. Por
nós, nem Eusébios (que foi justamente homenageado) teriam direito a perdões em
(tantas) situações de indisciplina.
O melhor do
jogo estava reservado para depois dos 90. Ainda que breve, o convívio entre
amigos, porque afinal quem faz o clube somos NÓS (sem patrocínios nem ironias).
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