Já no ano passado tínhamos escrito que a deslocação a Arouca não era para todos. De facto, se à dificuldade em chegar à pitoresca vila juntarmos o frio do mês de Dezembro e uma equipa que tinha vindo a realizar exibições muito pálidas nos últimos jogos, estão reunidos todos os motivos para passar uma tarde de Domingo em casa.
Como se costuma dizer, a paixão costuma toldar-nos a razão e foi nesse espírito que alguns adeptos se deslocaram a Arouca para assistir a este jogo da 14ªjornada do campeonato português. No entanto, a realidade costuma ser mais dura e o que se verificou foi mais uma exibição muito cinzenta do Maior das Ilhas. Apostando num 11 diferente daquele que alinhou frente ao Estoril, com a troca de Gegé por Kaj Ramsteijn, a adaptação de Edgar Costa na lateral da defesa e a entrada de Bruno Gallo e Dyego Sousa não foi por aí que o Marítimo sacudiu a pálida imagem que trazia consigo.
De facto, o que se verificou em Arouca foi uma equipa sem nenhuma capacidade de construir jogo, com um Edgar Costa muito inadaptado à nova posição, um Bruno Gallo muito apagado, um Fernando Ferreira perdido em campo e ao dar lugar no meio a um Dyego Sousa que tarda a demonstrar qualidade para jogar num clube como o Marítimo, um Maazou que encostado à linha, se eclipsou.
A primeira parte foi bastante repartida, tendo sido as primeiras duas oportunidades do Marítimo, tendo vindo o Arouca a equilibrar as operações. Conforme o jogo foi evoluindo foi também caíndo de qualidade, havendo apenas a registar um lance duvidoso na área do Marítimo por suposta mão de Briguel, a par de algumas oportunidades para o Arouca.
Na entrada da segunda parte, golo da equipa da casa por Roberto, que foi o elemento que causou mais problemas a Bauer e a Ramsteijn durante todo o jogo. Ao contrário do que seria desejável, a equipa não conseguiu reagir ao golo e nem as entradas de Alex Soares e Theo Weeks conseguiram dar alguma intensidade ao jogo da equipa. Pelo meio, segundo amarelo para Xavier que após ter sido admoestado na primeira parte por simulação, voltou a cair na área adversária sem qualquer tipo de falta, segundo Artur Soares Dias.
Foi apenas nos últimos 15 minutos de jogo, e enquanto o Arouca tentava aproveitar cada ocasião para perder tempo, que se notou alguma vontade da equipa em correr atrás do prejuízo, nomeadamente através de Danilo Pereira e Salin. Na retina ficou um forte remate do primeiro, mas mal colocado.
Face a toda a desorganização da equipa ao tentar reverter este resultado negativo, foi com naturalidade que o relógio caminhou para os 90 minutos e que o Marítimo saiu derrotado de Arouca.
Após este jogo, e antes que estas linhas fossem escritas, o Marítimo já voltou a jogar desta vez para a Taça da Liga frente ao Estoril, jogo em que se verificou um empate a uma bola.
Tudo em aberto quanto ao grupo B desta competição, bem como quanto ao futuro de Leonel Pontes à frente dos destinos do Maior das Ilhas. A resposta da equipa e os resultados que forem obtidos no início de Janeiro frente a Braga e nacional ditarão o seu futuro...
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