Na
sequência da venda de Derley ao Benfica, o Marítimo no Rectângulo decidiu fazer
uma análise sobre as transferências (vendas), de modo a averiguar se o clube está a
efectuar boas vendas e se compensa vender jogadores para o mercado interno.
Pretende-se ainda avaliar o problema dos jogadores que saem sem quaisquer
contrapartidas para o clube e procurar eventuais soluções. Na tabela seguinte
encontram-se as principais vendas, desde a venda de Danny, em 2002, à de
Derley, no presente ano:
Tabela 1. Principais vendas CSM (2002-2014)
Jogador
|
Valor da venda
|
Ano
|
Destino
|
Danny
|
2,1 M€
|
2002
|
Sporting CP
|
Bruno
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Valor não divulgado
|
2002
|
FC Porto
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Pepe
|
2 M€ + 15% do passe
|
2004
|
FC Porto
|
Manduca
|
0,5 M€ + Empréstimo de jogadores
|
2005
|
SL Benfica
|
Alan
|
1 M€
|
2005
|
FC Porto
|
Tonel
|
0,5 M€
|
2005
|
Sporting CP
|
Léo Lima
|
2 M€
|
2005
|
FC Porto
|
Souza
|
1,2 M€ (40% do passe)
|
2008
|
Panathinaikos
|
Makukula
|
0,5 M€ pela quebra do contrato de
empréstimo
|
2008
|
SL Benfica
|
Evaldo
|
Troca de jogadores (Miguelito e C. Fernandes)
|
2008
|
SC Braga
|
Marcinho
|
0,2 M€
|
2010
|
APOEL FC
|
Manú
|
Valor não divulgado
|
2010
|
Légia Varsóvia
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Marcelo Boeck
|
0,96 M€ por 75% do passe
|
2011
|
Sporting CP
|
Kanú
|
0,3 M€
|
2011
|
Al Ittihad Kalba
|
Baba
|
1,5 M€
|
2012
|
Sevilha FC
|
Peçanha
|
0,1 M€
|
2012
|
Rapid de Bucareste
|
Suk Hyun-Jun
|
3 M€
|
2013
|
Al-Ahli Jeddah
|
Héldon
|
1,5 M€
|
2014
|
Sporting CP
|
Derley
|
2,5 M€
|
2014
|
SL Benfica
|
Total
|
19,9 M€
|
Derley |
Um
dos principais problemas dos últimos anos foi a saída de jogadores sem
quaisquer contrapartidas para o nosso clube. Uma possível solução seria tentar
renovar mais cedo com os atletas, de modo a salvaguardar eventuais propostas
“tentadoras” por parte dos clubes do sistema. Outro erro cometido recentemente
foi o caso do Nuno Rocha, que foi lançado na equipa A, sem que o clube se tenha
precavido, em relação à renovação de contrato. Este poderá ser um dos aspectos
a melhorar, pois não podemos formar os jogadores desde os juniores, dando-lhes
alojamento e apoio em tudo o que necessitavam, para que depois saiam a custo
zero para outros emblemas.
Rafael Miranda |
As principais saídas a custo zero encontram-se na
tabela 2.
Tabela 2. Principais saídas a custo zero
(2009-2014)
Jogador
|
Valor da venda
|
Ano
|
Destino
|
Marcos
|
Livre
|
2009
|
AC Renate
|
Paulo Jorge
|
Livre
|
2010
|
Al Ittihad Jeddah
|
Takahito Soma
|
Livre
|
2010
|
FC Energie Cottbus
|
Djalma
|
Livre
|
2011
|
FC Porto
|
Roberto Sousa
|
Livre
|
2012
|
Persepolis FC
|
Benachour
|
Livre
|
2012
|
APOEL FC
|
Roberge
|
Livre
|
2013
|
Sunderland AFC
|
João Guilherme
|
Livre
|
2013
|
APOEL FC
|
Rafael Miranda
|
Livre
|
2013
|
EC Bahia
|
Salin
|
Livre
|
2013
|
Rio Ave FC
|
Sami
|
Livre
|
2014
|
FC Porto
|
Danilo Dias
|
Livre
|
2014
|
Karabakh
|
Relativamente
às transferências que envolveram entrada de dinheiro nos cofres verde-rubros, é
possível verificar que o melhor encaixe financeiro foi relativo à transferência
de Suk para a Arábia Saudita. Os negócios internos, com os três clubes do
sistema, não têm sido tão lucrativos para os nossos cofres como deveriam. Desta
forma, deveria haver uma aposta mais vincada em tentar vender para outros
países europeus, ou mesmo para países extracomunitários, como foi o caso do jogador
coreano.
Danny |
É curioso também verificar que foram necessários apenas quatro golos
para convencer os sauditas a desembolsar 3 milhões de euros. Relativamente a
Derley, o segundo lugar na lista de goleadores da Liga ZON Sagres (16 golos),
não foi suficiente para que o Marítimo garantisse um encaixe de acordo com a
real valia do atleta.
Outro exemplo foi a transferência de Héldon para o
Sporting, no mercado de Inverno da temporada 2013/2014. Dado o momento de forma
(9 golos em menos de metade da época), os 1,5 M€
pagos pelo Sporting foram uma desilusão e um excelente negócio, mas apenas para
o clube comprador. Porém, sabemos que se não tivesse sido naquela altura,
provavelmente assinaria a custo zero, em Janeiro de 2015, para esse ou qualquer
outro emblema.
Os
valores referidos na tabela 1 poderão não estar totalmente correctos, pois
alguns valores não foram divulgados pela imprensa na altura em que ocorreram as
transferências. Relativamente ao negócio de Pepe, em que tínhamos 15% de uma
futura venda (4,5 M€, relativos
a 15% dos 30 M€ que o Real
Madrid pagou ao FC Porto), não temos conhecimento se a totalidade desse valor
entrou efectivamente no clube, pois o Marítimo colocou o processo na FIFA. A
necessidade de recorrer ao organismo que gere o futebol ilustra bem os
“fantásticos” negócios que podem ser feitos internamente.
Pepe |
Há
uns anos a esta parte havia a moda dos empréstimos por parte dos clubes do
sistema, tendo em vista um negócio mais favorável para as cores desses clubes.
Felizmente, o Marítimo não tem caído nesse esquema e tem feito os possíveis
para ter o mínimo de emprestados possível (zero é o ideal). O empréstimo é
positivo, mais uma vez, para valorizar os activos dos clubes idolatrados pela
maioria da população portuguesa.
Tem o Marítimo tirado o melhor proveito económico dos diversos valores que vão despontando e evoluindo na sua equipa? Deveria o Maior das Ilhas seguir uma outra estratégia na valorização e venda dos seus jogadores que lhe permita obter mais receita para poder investir na equipa, nas infraestruturas e no clube? Como sempre, incentivamos o debate sobre esta questão, tanto na caixa de comentários deste espaço como no Facebook...
Tem aí valores mal:
ResponderEliminarBaba foi 3 M
Marcinho nao foi acima de 1M
Boeck foi 800 mil euros julgo
Mas de forma geral, são valores anedóticos, de um clube amador... Note-se na serra, que venderam o Mexer, essa vedeta, que só larga pau, por 2.3 M... O Neto se nao estou em erro foi 4 M, o NENE idem...
Mete nojo as transferencias deste clube porque nunca se saberá os valores reais, por interesse do presidente, que usa como desculpa o facto de nao querer passar para a praça pública a vida do clube, escondendo para si os negócios horrorosos que realiza...