Bem, várias coisas se passaram nesta semana, a maior parte delas podem ser consideradas fenómenos ou mesmo coisas do oculto.
A primeira, a nossa derrota do derby, onde o nosso adversário, apostando num bloco baixo e em rápidas transições para o ataque (quem diga que não foi assim terá de ser catalogado como iluminado) conseguiu fazer o que lhe escapava à 9 anos, que foi ganhar nos Barreiros e que, pela atitude provocatória dos seus jogadores aquando dos festejos para com os adeptos maritimistas mostra que este era o último e único objectivo da época para essa colectividade desportiva.
Adeptos maritimistas no início do derby:
O mais interessante neste jogo foi o seu final onde, apesar da inesperada e sempre inconveniente derrota, o público maritimista deu uma lição de humildade e de paixão pelo clube para quem quisesse ver, aplaudindo a equipa que saía cabisbaixa do relvado.
Já diz o ditado: uma andorinha não faz a Primavera, e foi isso mesmo que o público maritimista muito conscientemente percebeu, aplaudindo uma equipa que tem feito uma das melhores caminhadas de todos os tempos, no que a liga portuguesa diz respeito. Foi muito bonito!
Na mesma jornada, o Sporting ganha o derby lisboeta, e aproveitando o nosso deslize isolou-se em quarto.
Falando também de Sporting, a meio da semana surge a notícia que haviam sido depositados 2000 euros na conta do assistente José Cardinalli, que tinha sido inicialmente nomeado para ser um dos árbitros assistente do Sporting-Marítimo dos quartos de final da Taça de Portugal, depósito esse que havia sido realizado no Funchal.
Já estavam os intelectuais moralistas a rebaixar o nome do Marítimo, quando surge a notícia que a PJ estava em buscas em Alvalade e na casa do seu dirigente Paulo Pereira Cristóvão, que mais tarde veio a ser constituído arguído.
O referido dirigente concebeu um esquema para afastar o assistente Cardinalli do jogo dos quartos de final da taça de Portugal, depositando uma quantia na sua conta, através de um empregado seu que se deslocou à Madeira para tal, tendo depois sido feita uma denúncia anónima, de modo ao árbitro ser afastado, o que foi realmente conseguido.
Paulo Pereira Cristóvão
Assim sendo, e caso se comprovem os indícios de fraude, penso que uma das seguintes acções deveria ser tomada: desqualificar o SCP desta edição da taça de Portugal, realizando-se uma nova meia-final entre Marítimo e nacional para apurar o segundo finalista ou então suspender a participação do SCP nas próximas duas a três edições desta competição.
A final da Taça deveria ser suspensa. Até o resultado final da investigação estar concluído. Se forem confirmadas as suspeitas de envolvimento do Sporting, deveria ser punido severamente, inclusive com derrota. E o CS Marítimo deveria seguir em frente. Isto não irá acontecer pois o Sporting e um grande. Somente em Portugal e que os grandes estão impunes. E pena...
ResponderEliminarConcordo. Veremos como se desenrola esta investigação.
ResponderEliminarMas não deixa de ser irónico, quem tanto chorou durante a época ter andado metido em trafulhices.
Haja coragem para os punir!