Não valemos nada
As nossas crónicas têm pautado
pela partilha do que são as nossas deslocações pelo rectângulo continental. Não
vamos falar do jogo, mas sim do que correu mal ontem. Para isso, temos de
recuar uns dias antes, aquando do nosso habitual pedido de bilhetes para o jogo, onde mencionamos os nomes, datas de
filiação e o facto dos sócios em causa terem as suas quotas regularizadas. Ao
longo dos anos contámos com a ajuda do clube nesse sentido, mas nesta época
isso já não acontece (em Leiria, embora o B-SAD tivesse dado 17 convites ao
Marítimo, nenhum foi para os adeptos).
Pelos vistos, o culpado é o COVID e o cartão de Adepto (são os argumentos dados pela instituição). Aceitamos que
não possa ser disponibilizado o número habitual de bilhetes, mas ZERO é um
corte sem qualquer explicação. Todos nós queremos apenas apoiar, dentro das
regras e com o civismo de sempre. O nosso grupo é o que tenta estar no maior
número de jogos de norte a sul, onde fazemos 500/600 km por jogo, com
portagens, combustíveis e refeições pelo meio. Evidentemente que o fazemos
dentro das nossas possibilidades e acima de tudo, fazemos por Amor). Muitas
vezes o único apoio é o nosso, somos os únicos a estar presentes.
Mais do que a recusa (voltamos a
referir que não existe obrigatoriedade da parte do clube) é a desconsideração.
Sabemos que o clube continua a receber bilhetes, mas NEM UM é disponibilizado aos adeptos. É esta falta de
respeito que entristece. De facto, a
sensação é de que não valemos nada.
Da nossa parte, vamos continuar a
fazer o que gostamos, que é tentar apoiar o Marítimo seja onde for.
Em relação a ontem, fica ainda na
retina o comportamento dos jogadores: no final do jogo, ficaram juntos sem
sequer se dirigirem a quem lhes estava aplaudir. Exceção ao Zainadine e ao
Macedo que chegaram perto da linha e ofereceram as suas camisolas. No entanto,
este afastamento e pouco reconhecimento dos jogadores fica na retina. O que
mudou nos últimos anos, parece estar a andar para trás. Talvez o exemplo venha
de cima, mas o facto é que Velásquez… nem vê-lo.
O principal ativo de um clube é
a sua massa adepta. Podem ter o melhor estádio do mundo, um ótimo centro de
treinos, mas sem os adeptos… são apenas cimento.
Temos eleições em Outubro.
Esperamos ansiosamente que alguma alternativa surja. Mudança de mentalidades é
Obrigatória.